por Monica Aguiar
Dados divulgado na última semana, pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que vem trazendo dados, mais uma vez alarmantes das desigualdades raciais no Brasil, agora no jornalismo.
Os dados apontam que a maioria dos jornalistas brasileiros é formada por mulheres brancas, são solteiras e com até 30 anos de idade. No total da categoria, as mulheres representam 64%.
O estudo Características Demográficas e Políticas dos Jornalistas foi feito a partir de respostas encaminhadas por 2.731 jornalistas brasileiros em todos os estados e em outros países. Os dados foram coletados, entre 25 de setembro e 18 de novembro 2012, por e-mail, redes sociais, notícias em canais especializados e página da pesquisa na internet.
O levantamento também traz dados de baixa presença de negros (pretos + pardos, segundo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) na profissão. Os pretos correspondem a 5% dos jornalistas e os pardos, 18%. Um total de apenas 23% de negros, realidade constatada quando observamos os jornais e programas jornalistico do Brasil.
Sobre a formação profissional, o trabalho indica que nove em cada dez são diplomados em jornalismo, majoritariamente em instituições privadas de ensino. Além disso, quatro em cada dez têm cursos de pós-graduação. A maioria defende a exigência de algum tipo de formação superior para o exercício da profissão, sendo mais da metade a favor da diplomação específica em jornalismo.
O levantamento mostrou também que quase três quartos da categoria são favoráveis à criação de um órgão de autorregulamentação do exercício da profissão. Dois terços têm renda até cinco salários mínimos e quase metade dos jornalistas trabalha mais de oito horas por dia.
Resta saber qual sera a forma que regulamente para a representação do percentual de negros e principalmente negras levando em consideração a composição da população brasileira nas emissoras de Tvs e nos Jornais escritos.
Se faz necessário que a sociedade mude o conceito de naturalização da invisibilidade do negros e negras nas TVs, atentando para questionamentos , que a COJIRA tem realizado com desenvoltura pelo Brasil. Qual a porcentagem de jornalistas negros/as nas redações ou nas assessorias de comunicação se comparados com os/as não negros/as? Que mecanismos são desenvolvidos para a acessibilidade, mobilidade e permanência de jornalistas afro-descendentes em um mercado tão competitivo como o de produção de informação e de formação de opinião?
Fonte EBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário