segunda-feira, 16 de março de 2015

Mulheres recomendam mais ações para o fim da discriminação de género

Resultado de imagem para Luzia Inglês, sg da OMANova Iorque - Organizações de diversos países participam de uma  mesa redonda, dedicada à avaliação da implementação da Declaração e do Programa de Ação de Beijing, reconheceram neste sábado alguns progressos, mas concluíram ser necessário mais ações para a completa eliminação da discriminação de gênero.

As 12 áreas críticas do Programa de Ação de Beijing são a pobreza, a educação e formação, a saúde da Mulher, a violência doméstica, a mulher e os conflitos, a mulher e a economia, a mulher no poder e na tomada de decisão, os mecanismos institucionais para o progresso da mulher, os direitos Humanos, a mulher e a comunicação social, o meio ambiente e a atenção as meninas .
Na ocasião, a secretária-geral da OMA e vice-presidente para a África Meridional da Internacional Socialista de Mulheres (ISM), Luzia Inglês Van-Dúnem, sublinhou a importância da manutenção da paz e a segurança em África para a materialização daquelas metas, por constituírem fatores relevantes para a promoção do desenvolvimento inclusivo dos países e integração da mulher nas políticas de desenvolvimento.
Adiantou que o terrorismo, as violações sexuais, o rapto de crianças, o vírus Ébola, os conflitos internos aliados aos conflitos políticos e a crise alimentar são, de entre outros, problemas que agudizam a já difícil condição da mulher no continente africano.
No entanto, reconheceu avanços na condição jurídica e social da mulher nas várias sociedades africanas nas últimas décadas, frisando ainda que as diferenças de gênero na educação e saúde em alguns países estão a diminuir e as mulheres estão a incorporar-se na esfera pública, rompendo assim as barreiras que as confinavam a funções reprodutivas.
"Em vários países, os governos aumentaram os direitos, liberdades e garantias das mulheres, o que permitiu que elas dessem passos sólidos e seguros em relação a uma maior participação e liderança no mundo da política e dos negócios, mais meninas têm acesso à escola e mais mulheres sobrevivem ao parto e podem melhor planear as suas famílias", sublinhou.
Luzia Inglês Van-Dúnem destacou igualmente conquistas na criação de legislação em benefício das mulheres, avanços no domínio da educação e uma maior participação cívica, mas disse ser necessário continuar a traçar estratégias no sentido de que sejam dadas mais oportunidades econômicas às mulheres, para a redução da pobreza.
Ressaltou que a pobreza, o VIH/SIDA, a maternidade insegura, a violência doméstica, entre outros, são problemas que exigem uma forte intervenção dos governos e da sociedade civil organizada, lamentando a existência de diferenças salariais entre homens e mulheres, a desigualdade de oportunidades e a fraca representação das mulheres na liderança dos setores público e privado.
Em relação a Angola, assegurou que o Governo tem procurado responder aos anseios das mulheres, no que respeita às oportunidades, à segurança no emprego e na família, à igualdade do gênero e ao respeito pelos seus direitos, dedicando especial atenção à participação delas nos programas de governação do país.
"O papel ativo da mulher angolana é visível nos Poderes Legislativo, Executivo e Judicial, além da existência de um Ministério que se ocupa de políticas relativas à família e promoção da mulher", sustentou a responsável angolana.
Intervindo no evento, o representante permanente adjunto de Angola junto das Nações Unidas, embaixador Júlio Hélder Moura Lucas, disse haver ainda muitos desafios para se alcançar a plena igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, que são forças poderosas para a emancipação social, o desenvolvimento econômico, a estabilidade social e política e a paz sustentável.
"É necessária uma maior vontade política e o compromisso dos Estados para reforçar a plena implementação da Plataforma de Ação de Biejing, e a mudança de mentalidades como elemento determinante", disse, reconhecendo a importância de uma maior representação das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão, nas instituições e mecanismos nacionais, regionais e internacionais, para a prevenção, gestão e resolução de conflitos.
 
Fonte e texto ANGOP

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