segunda-feira, 9 de março de 2015

DIA DA MULHER NEGRA É TEMA DE PROJETO LEI

A PL recebeu o nome "in memorian" de Dona Valdete Dona Valdete da Silva Cordeiro,  líder comunitária do bairro Alto Vera Cruz, situado na região Leste de Belo Horizonte (MG) e ex- coordenadora do grupo cultural “Meninas de Sinhá".O vereador Gilson Reis protocolou, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Projeto de Lei (PL) que institui o 25 de julho como o Dia Municipal da Mulher Negra no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Belo Horizonte.
As mulheres representam 51% da população brasileira (fonte IBGE). Entre as mulheres 50% das brasileiras são negras, o que significa 50 milhões de mulheres negras – 10 vezes a população da Noruega. Para especialistas as mulheres negras brasileiras sofrem mais. “Há um genocídio dos jovens negros no Brasil. E nós, mulheres negras, sentimos isso no peito e na pele. A maior parte das mulheres negras vive sozinha, trabalhando muito por baixos salário, cuidando sozinhas das crianças e vendo seus filhos, pais e irmãos serem mortos ou presos”, escreveu Bianca Santana, jornalista, professora.
A data escolhida para o calendário municipal se refere também ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. “Essa data é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. Esta data foi instituída, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento à presença e a luta das mulheres negras nesse continente”, ressalta o vereador Gilson Reis.
A criação do Dia Municipal da Mulher Negra é também uma reflexão. “As mulheres negras são vitimas de dupla opressão (por racismo e gênero) então instituir o dia é uma oportunidade de valorizar as mulheres negras e suas lutas para vencer a discriminação e também debater sobre essa desigualdade que aumenta quando além de gênero, as mulheres passam por discriminação por serem negras”, finaliza Gilson.

Texto e fonte:Vereador Gilson Reis  BH

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