O vereador Gilson Reis protocolou, na
Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Projeto de Lei (PL) que institui
o 25 de julho como o Dia Municipal da Mulher Negra no Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Belo Horizonte.
As mulheres representam 51% da população
brasileira (fonte IBGE). Entre as mulheres 50% das brasileiras são
negras, o que significa 50 milhões de mulheres negras – 10 vezes a
população da Noruega. Para especialistas as mulheres negras brasileiras
sofrem mais. “Há um genocídio dos jovens negros no Brasil. E nós,
mulheres negras, sentimos isso no peito e na pele. A maior parte das
mulheres negras vive sozinha, trabalhando muito por baixos salário,
cuidando sozinhas das crianças e vendo seus filhos, pais e irmãos serem
mortos ou presos”, escreveu Bianca Santana, jornalista, professora.
A data escolhida para o calendário
municipal se refere também ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino
Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. “Essa data é um marco
internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de
gênero, o racismo e a exploração de classe. Esta data foi instituída,
em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e
Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento à presença e a
luta das mulheres negras nesse continente”, ressalta o vereador Gilson
Reis.
A criação do Dia Municipal da Mulher
Negra é também uma reflexão. “As mulheres negras são vitimas de dupla
opressão (por racismo e gênero) então instituir o dia é uma oportunidade
de valorizar as mulheres negras e suas lutas para vencer a
discriminação e também debater sobre essa desigualdade que aumenta
quando além de gênero, as mulheres passam por discriminação por serem
negras”, finaliza Gilson.
Texto e fonte:Vereador Gilson Reis BH
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