A experiência brasileira na implementação de políticas públicas que
visam ao combate ao racismo e à promoção da igualdade racial são
exemplos mundiais e devem ser compartilhadas com outros países. A
avaliação é do representante do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Jorge Chedieck.
Ao discursar no dia (21) dia "Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial", ele citou como
iniciativas bem-sucedidas a adoção das cotas e a aprovação do Estatuto
da Igualdade Racial, que prevê punição a quem cometer discriminação
baseada na raça.
“O Brasil assumiu que tinha uma série de problemas nessa área e está
implementando ações [para resolver a questão]. O progresso dos últimos
anos, como a adoção das cotas e de novos parâmetros na legislação,
mostra que é possível reduzir e até eliminar o passivo [de desigualdade
racial] em pouco tempo”, disse.
Para ressaltar os desafios que o país e o mundo têm pela frente no
combate ao racismo, Jorge Chedieck fez alusão a um discurso do
ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, símbolo da luta pacífica
contra a segregação racial, e disse que “até o dia em que todas as
pessoas percebam que a cor da pele de alguém é menos importante do que a
cor de seus sonhos, termos que manter essa luta”.
A Seppir ( Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), foi criada por medida provisória em 21 de março de 2003, data
em que é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação
Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória
ao Massacre de Sharperville, quando 69 pessoas negras foram assassinadas
durante manifestação pacífica na África do Sul, em 1960, pela polícia
do antigo regime segregacionista do apartheid.
Fonte: EBC
Foto : Mônica Aguiar
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