terça-feira, 31 de março de 2015

Mulheres com Renda Baixa Tem Menor nº de Filhos no Brasil



Por Mônica Aguiar

O número de filhos vivos  caiu expressivamente . Este fato é confirmado por pesquisa realizada ( Dados de Pesquisa por Mostra Domiciliar – IBGE).  

Nesta média,  a redução do período foi de 10,7%. No grupo de mulheres com renda baixa,  a queda foi de 15,7% . A maior redução foi identificada entre os 20% mais pobres que vivem na Região Nordeste: 26,4%. Este dado considera crianças até 14 anos de idade.
O levantamento mostra que, em 2003, a média de filhos por família no Brasil era 1,78. Em 2013, o número passou para 1,59. Entre os 20% mais pobres, as médias registradas foram 2,55 e 2,15, respectivamente. Entre os 20% mais pobres do Nordeste, os números passaram de 2,73 para 2,01. No momento que  a média nacional era de 1,59 de filhos por mulheres, as mulheres que eram destinadas na base da pirâmide social com renda per capita menor que R$ 154,00, tinham 2,15% de filhos cada.
 Entre estas são a maioria que está incluída em programas social. Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, os dados derrubam a tese de que a política proposta pelo Programa Bolsa Família estimula as famílias mais pobres do país a aumentar o número de filhos para receber mais benefícios.
“Mesmo a redução no número de filhos por família sendo um fenômeno bastante consolidado no Brasil, as pessoas continuam falando que o número de filhos dos pobres é muito grande. De onde vem essa informação? Não vem de lugar nenhum porque não é informação, é puro preconceito”, disse.
 Suzana Cavenaghi,  demógrafa da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE,  acredita que o melhor indicador para se trabalhar a questão da fecundidade no país deve ser o número de filhos por mulher e não por família, já que, nesse último caso, são identificados apenas os filhos que ainda vivem no mesmo domicílio que os pais e não os que já saíram de casa ou os que vivem em outros lares. Segundo ela, estudos com base no Censo de 2000 a 2010 e que levam em consideração o número de filhos por mulher confirmam o cenário de queda entre a população mais pobre. A hipótese mais provável, segundo ela, é que o acesso a métodos contraceptivos tenha aumentado nos últimos anos, além da alta do salário mínimo e das melhorias nas condições de vida.
“Sabemos de casos de mulheres que, com o dinheiro que recebem do Bolsa Família, compram o anticoncepcional na farmácia, porque no posto elas só recebem uma única cartela”, disse. “É importante que esse tema seja estudado porque, apesar de a fecundidade ter diminuído entre os mais pobres, há o problema de acesso e distribuição de métodos contraceptivos nos municípios. É um problema de política pública que ainda precisa ser resolvido no Brasil”, afirma.
 A autonomia financeira é um dos principais fatores que ajudam as mulheres pobres a modificar as linhas da pirâmide social. 
Com esta nova mostra, podemos considerar que as mulheres têm desligado dos  valores e preconceitos que as submetem as desigualdades sociais, que  quando percebem o bem que faz o status de uma mulher emancipada,  a procura para se qualificar profissionalmente, o estudo,  lhes trazem um bem na vida,  chegando a promover  o rompimento com a violência domestica que muitas sofrem. 

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