Luanda – A necessidade da reafirmação da identidade cultural do continente africano e de uma consciência colectiva, à semelhança daquela que foi manifestada em 25 de Maio de 1963, aquando da proclamação do Dia de África, foi advogada hoje (quarta-feira), em Luanda, pelo ministro angolano das Relações Exteriores.
Georges Chicoty intervinha no acto político comemorativo do 25 de Maio, Dia de África, cuja jornada decorreu sob o lema “Que futuro para a União Africana numa perspectiva da preservação das independências políticas, económicas e culturais”.
A propósito, disse ser imperativo a construção de um continente unido e forte, onde os povos partilham identidade africana comum, evitando que as ingerências externas levem a fragmentação e separação e, consequentemente, o neocolonialismo.
Reconheceu ter-se registado avanços importantes, resultantes do esforço de diversos países, com o objectivo de contribuir para uma atmosfera mais sã no convívio entre as nações, e a melhoria das condições de vida dos respectivos povos.
O chefe da diplomacia nacional observou que o mundo vive hoje uma era de globalização, e o subsolo do continente africano, rico em matérias-primas, é uma vez mais cobiçado pelas grandes potências. “A África já não está vista como um fardo, mas como uma oportunidade”.
Face aos "novos ventos", disse ser imprescindível consolidar a paz e a segurança para garantir um crescimento económico mais rápido, para a realização dos objectivos do milénio, tendentes ao desenvolvimento de África.
Fez notar que os conflitos violentos registados no continente africano, nas últimas décadas, provocaram mais deslocamentos forçados e imenso sofrimento humano do que noutras partes do mundo, além de dificultar o desenvolvimento da região.
“A África não se deve calar quando sentimos que há injustiça, por conseguinte é imperativo que se lute pela reforma das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança para que este reflicta a nova realidade mundial”, aconselhou.
A jornada decorreu sob o lema “Que futuro para a União Africana numa perspectiva da preservação das independências políticas, económicas e culturais”.
Fonte : ANGOP
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