Dala - O
exemplo de combatividade de sacrifício, determinação e de luta que deixou as
páginas indeléveis na história de África e do mundo, foi nesta terça-feira,
enaltecido no município do Dala (Lunda Sul) pela Vice-presidente da Organização
Pan Africana das Mulheres, Carolina Serqueira.
Caroline Cerqueira (arquivo) |
A responsável da OPM que falava
no ato central do Dia da Mulher Africana fez saber que Winnier Mandela foi uma
das figuras femininas mais simbólicas da luta anti-apartheid e contra a
separação racial da África do Sul.
Segundo Carolina Cerqueira,
Winnie Mandela, deve ser considerada como um símbolo de mulher combatente e ativista
política, pelo fato do seu gesto servir de exemplo para muitas mulheres e
gerações do mundo.
“Mesmo tendo sido presa várias
vezes por se ter manifestado contra a morte de crianças pela polícia racista,
Winnie Mandela sempre esteve engajada no ativismo político, cívico e social,
colocando a causa da maioria negra e da mulher”, enalteceu.
Carolina Serqueira disse que a
figura elegeu a luta política, para combater a igualdade do sexo, a afirmação
efetiva e a paridade das mulheres, contra o racismo e a favor de uma visão de
luta ínter-geracional, envolvendo jovens e mais velhos, que juntos lutaram
contra o apartheid.
Winnie Madikizela |
Hoje, prosseguiu, perante os
desafios do futuro, a OPM através dos seus governos definiu estratégias
inovadoras contidas na agenda “Africa 2063”, onde as mulheres possam estar mais
envolvidas ativamente, na cidadania, igualdade de gênero e como integrante
regional, para o desenvolvimento socioeconômico de África.
Winnie Madikizela-Mandela foi
uma enfermeira, política e ativista sul-africana. Nascida Nomzamo Winifred
Zanyiwe Madikizela, ficou mundialmente conhecida como esposa de Nelson Mandela
durante o período da prisão do líder sul-africano, nasceu aos 26 de Setembro de
1936, Bizana, Easteen Cape, África do Sul e faleceu a 2 de abril de 2018,
Mipak Hospital, em Joanesburg.
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A criação da Organização Pana
Africana das Mulheres, em 1962, em Dar Es Salam, Tanzânia, contribuiu significativamente
para a promoção da mulher em África e para o aumento do nível de participação
da mulher nos órgãos de tomada de decisão.
A Organização teve como plataforma a
partilha de experiências e conjugação de esforços para a emancipação feminina,
tendo em vista a integração e o futuro do continente africano.
Tem desempenhado papel
relevante nas lutas de libertação nacional dos países, assim como na defesa de
uma maior unidade e coesão, educação e na sensibilização da mulher.
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