O Índice de Expectativas das Famílias (IEF), que mensura o comportamento das famílias em relação à economia brasileira, economias pessoais, segurança do emprego, consumo de bens duráveis e endividamento familiar, foi divulgado nesta terça-feira, 12, na sede do Ipea, em Brasília, pelo chefe da Assessoria Técnica da Presidência do Instituto, André Calixtre. A 22ª edição traz os dados referentes ao mês de maio deste ano. São 3.810 domicílios incluídos na pesquisa, de 214 municípios de todas as unidades da federação.
Na avaliação de Calixtre, o índice “complementa as demais análises de conjuntura, uma vez que traz a percepção da família com relação à economia, o que é diferente de analisar a inadimplência a partir dos contratos, a indústria por meio dos empresários industriais, assim por diante”. O pesquisador também destacou a tendência que o IEF vem manifestando para a estabilidade das expectativas das famílias brasileiras.
“A nossa hipótese é de que as famílias reagem, de fato, não às variáveis de crescimento ou comportamento de investimentos, juros ou mesmo à inflação, mas sim ao comportamento do emprego. Como a taxa de desemprego vem diminuindo — mesmo que neste ano esteja diminuindo menos que no ano passado — e a trajetória do salário em geral é ascendente, somada à política de valorização do salário mínimo, as famílias se mantêm otimistas, porque o emprego não está ameaçado, nem há sinal de ameaça num curto prazo”, explicou Calixtre.
Otimismo
Em todas as regiões do Brasil, a maioria das famílias acredita que os próximos 12 meses da economia brasileira terão bons momentos. No recorte geral por escolaridade e por renda, quanto melhor o nível, maior o otimismo. Desde julho de 2011 há uma leve tendência de ascendência das famílias que acreditam que a situação econômica do país melhorará nos próximos 12 meses. A expectativa para o longo prazo (5 anos) segue a mesma tendência.
Em todas as regiões do Brasil, a maioria das famílias acredita que os próximos 12 meses da economia brasileira terão bons momentos. No recorte geral por escolaridade e por renda, quanto melhor o nível, maior o otimismo. Desde julho de 2011 há uma leve tendência de ascendência das famílias que acreditam que a situação econômica do país melhorará nos próximos 12 meses. A expectativa para o longo prazo (5 anos) segue a mesma tendência.
A maioria das famílias, quase 78%, acredita que a sua situação está melhor hoje em relação ao ano passado. Para a situação nos próximos 12 meses, 85% acreditam que estará melhor. Quanto maior a escolaridade, maior a proporção do otimismo. O mesmo se dá por faixa de renda.
Consumo
60,6% das famílias consideram que o momento atual é bom para o consumo de bens duráveis, contra 35,7% que acreditam não ser o momento ideal. As regiões Norte e Sul estão pessimistas. Na primeira, apenas 31% acreditam ser um bom momento; já na segunda, 38% estão otimistas e 57% pessimistas.
60,6% das famílias consideram que o momento atual é bom para o consumo de bens duráveis, contra 35,7% que acreditam não ser o momento ideal. As regiões Norte e Sul estão pessimistas. Na primeira, apenas 31% acreditam ser um bom momento; já na segunda, 38% estão otimistas e 57% pessimistas.
Dívidas
A taxa de famílias que dizem não ter qualquer tipo de dívida ficou em 54 pontos percentuais no mês de maio. A única espécie de dívida que não entra na captação da pesquisa é a imobiliária. Apenas 8% disseram estar muito endividadas, e 19% consideraram-se pouco endividadas, assim como 19% alegaram estar mais ou menos endividadas.
A taxa de famílias que dizem não ter qualquer tipo de dívida ficou em 54 pontos percentuais no mês de maio. A única espécie de dívida que não entra na captação da pesquisa é a imobiliária. Apenas 8% disseram estar muito endividadas, e 19% consideraram-se pouco endividadas, assim como 19% alegaram estar mais ou menos endividadas.
Avanço do crédito
No recorte por faixa de renda, observa-se que, de um a cinco salários mínimos, todas as categorias ficaram acima de 50% no grupo das famílias não endividadas. De cinco a dez salários, esse patamar cai para 48,9%. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, apenas 34,7% disseram não ter dívidas.
No recorte por faixa de renda, observa-se que, de um a cinco salários mínimos, todas as categorias ficaram acima de 50% no grupo das famílias não endividadas. De cinco a dez salários, esse patamar cai para 48,9%. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, apenas 34,7% disseram não ter dívidas.
Segundo Calixtre, o crédito para a classe trabalhadora ainda é precário. “E mesmo assim, nas famílias com renda maior que dez salários, o endividamento é pouco, porque 40,8% disseram estar pouco endividadas. Há, portanto, muito espaço para o avanço do crédito para população brasileira de forma geral”, concluiu o pesquisador.
Fonte: IPEA
Nenhum comentário:
Postar um comentário