No dia 14/06, em Belo Horizonte, no auditório da UGT, aconteceu o III Ciclo Nacional de Conversas Negras - “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta”. O encontro é um preparatório ao movimento social Agosto Negro, uma promoção do Projeto Raízes de Áfricas em parceira com diversas instituições, dentre elas, o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério de Educação/SECAD, e tem como objetivo construir e consolidar movimentos permanentes para a promoção da abolição de ideias, conceitos, preconceitos que interferem na construção do ideário sócio-étnico.
Segundo Mônica Aguiar, coordenadora geral do Centro de Referência da Cultura da Mulher Negra de MG e do Centro de Referência da Cultura Negra de Venda Nova, entidade filiada a UGT/MG, a iniciativa é um enfrentamento ao racismo estrutural e suas consequências sociais. “Estamos construindo canais de comunicação entre a população, instituições locais e governos na implementação da Lei Caó nº 7.716/89. Lei Federal nº 10.639/03. Lei Estadual nº 6.814/07, normatizando e agregando aos currículos institucionais temas que contemplem e problematizem as questões que dizem respeito ao negro na sociedade brasileira”, destacou.
O Presidente em exercício da UGT/MG, Wagner Francisco Alves Pereira, destacou que a União Geral dos Trabalhadores agrega vários movimentos sociais e a contribuição na mudança que ocorre em Minas e no país é dever de representação de instituições sérias e comprometidas com o Brasil. “Pessoas livres de qualquer segregação constroi uma nação prospera e igualitária na divisão de renda e consolida a democracia”, disse.
O encontro contou com a presença de José Firme, vice-coordenador do Fórum Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CFIPIR) e Coordenador de Políticas de Promoção Racial da cidade de Formiga; Valéria Regina da Coordenadoria Municipal da Promoção da Igualdade Racial; Arísia Barros, idealizadora do Projeto Raízes- Macéio; Natalícia de Jesus do Conselho Estadual de Saúde; Marlucia Patrocínia da cidade de Pompéu; Patrícia Santana da Secretaria Municipal de Educação de BH; Andréia Martins da Cunha da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais; Aída Anacleta Vereadora em Mariana e demais lideranças.
O (Black Agost) Agosto Negro
O (Black Agost) Agosto Negro surgiu na década de 70 na Califórnia, nos Estados Unidos, caracterizando-se como um mês de grande significado para a cultura negra por ser uma data de resistência contra à repressão e de esforços individuais e coletivos contra o racismo.
Na época, o movimento foi comandado pelo grupo americano Black/New Afrikan Liberation Movimento e nasceu a partir de ações de homens e mulheres que lutaram contra as injustiças sobre os afro descendentes.
A repercussão positiva do movimento negro norte-americano originou adaptações do Black Agost à realidade local de outros países – como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia – que enfrentam a discriminação e desigualdade racial.
Objetivos específicos
1-Estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e social;
2-Agregar valores aos currículos institucionais contemplando e problematizando temas relacionados com as questões que dizem respeito ao negro na sociedade brasileira. Lei Caó nº 7.716/89. Lei Federal nº 10.639/03. Lei Estadual nº 6.814/07.
3-Aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas negras/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidadenegra;
4- Socializar ferramentas didáticas e conteúdos referentes ao ensino da História da África e cultura afro-brasileira.
por texto e foto : Rogério Reis (Roger Guerreiro)
Jornalista UGT/MG
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