Por Mônica Aguiar
Muitas mulheres negras sofrem em seu
cotidiano com a violência que se apresentam em diversas
formas.
Mudar conceitos, lutar contras as regras imposta, contra o patriarcado racista, não
assumir papeis tradicionais com funções servis pré-determinadas principalmente se for mulher negra, é um afronta para alguns setores
que tem nas mãos a estrutura do Estado .
Estes setores anacrônicos, tem
reagido de forma diretamente ofensiva contra as
mulheres negras, principalmente as que tem independência de vida e participação na política.
Abominam ver uma mulher negra ocupando espaços públicos e de poder;
Abominam ver que uma mulher negra pode ter vida privada longe dos
valores da determinada regra preconceituosa e discriminatória.
Lembrando, quem ocupa os espaços de poder público, são maioria homens brancos. Muitos representam o setor retrógrado racista, que não suportam estar sob comando de uma mulher.
Não suportam ver uma mulher
negra ter representatividade política na sociedade.
Este setor, demostra diariamente sua capacidade de aniquilar as mulheres negras que rompem com as regras impostas e se tornam a representação e voz na política de um povo que até então estavam praticamente sozinhos.
Este setor anacrônico, espera
que a mulheres negras apenas ocupem funções no máximo de auxiliares, desde que estas não sejam
deliberativas e determinantes.
São totalmente contrários a
quaisquer ação positiva de defesa da vida promovida pelas mulheres negras, principalmente
quando sua representatividade é conquistada com exercício direto da democracia. No voto.
Observemos que as velhas frases prontas, agora modernizadas, restauram diuturnamente a desqualificação e questionamentos, com relação as bandeiras de defesa da vida promovido por uma mulher negra que tem representação na vida política independente da esfera federativa.
Lançam desenformações com
requinte de crueldade, coagindo sentimento de ódio nas pessoas manifestados explicitamente por vários agentes da segurança pública em exercício de sua função nas redes sociais . A pauta de defesa dos direitos humanos para o povo negro, são considerados ainda perturbadores da ordem pública, provocadores de tumultuo. Valendo a interpretação que onde os interesses políticos estão ameaçados, "ações de extermínio são necessárias" para quem não afiança e contrapõem as estruturas dominantes deste Estado.
O eco das vozes das mulheres negras contra o extermínio do povo negro e da juventude negra, tem ganhado a atenção por parte da sociedade, desencadeando reações distintas de defesa dos direitos humanos sem precisar do
abono da imprensa tradicional ou mandatários.
As infestações racistas, não tem mais grandes efeitos onde o povo negro vive e são maioria.
Vozes das mulheres negras ecoam em defesa da vida nas comunidades e favelas, contrariando a estratégia da invisibilidade por parte da imprensa.
Não somos grupo minoritário . Somos a maioria da
sociedade brasileira! Lutamos pela vida.
A Vereadora
Marielle, representa um povo que não aguenta mais ver seus filhos, filhas, netas
e netos, amigas e amigos vizinhos, morrer por ações orquestradas por quem esta
governando o Estado maior.
O Estado deve respeito as mulheres que lutam pela a garantia dos direitos humanos e pelas
garantias dos direitos fundamentais.
As mazelas do racismo estão cada
dia mais evidenciadas nos dados de desigualdades socioeconômicas desta atual conjuntura política.
Vidas humanas não podem ser transformados em dados estatísticos.
O extermínio sofrido por pessoas que lutam em defesa dos direitos humanos no Brasil tem que acabar .
O não reconhecimento dos direitos
humanos por parte de setores do Estado, provocam
abusos, intolerância, injustiça, opressão, tortura física e psicológica e extermínio
.
Vida para nós mães, avós e filhos.
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