sexta-feira, 16 de março de 2018

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NEGRAS


Por Mônica Aguiar 

Muitas mulheres negras sofrem em seu cotidiano com a violência que se apresentam em diversas formas. 
Mudar conceitos, lutar contras as regras imposta, contra o patriarcado racista, não assumir papeis tradicionais com funções servis pré-determinadas principalmente se for mulher negra, é um afronta para alguns setores que tem nas mãos a estrutura do Estado .

Estes setores anacrônicos, tem reagido de forma diretamente ofensiva contra as mulheres negras, principalmente as que tem independência de vida  e participação na política. 
Abominam ver uma mulher negra ocupando espaços públicos e de poder;
Abominam ver que uma mulher negra pode ter vida privada longe dos valores da determinada regra preconceituosa e discriminatória.

Lembrando, quem ocupa os espaços de poder público, são maioria homens brancos. Muitos representam o setor retrógrado racista, que  não suportam estar sob comando de uma mulher. 
Não suportam ver uma mulher negra ter representatividade política na sociedade. 

Este setor, demostra diariamente sua capacidade de aniquilar as mulheres negras que rompem com as  regras impostas e se tornam a  representação e voz na política de um povo que até então estavam praticamente sozinhos. 
Este setor anacrônico, espera que a mulheres negras apenas ocupem funções no máximo de auxiliares, desde que estas não sejam deliberativas e determinantes.  

São totalmente contrários a quaisquer ação positiva de defesa da vida promovida pelas mulheres negras, principalmente quando sua representatividade é conquistada com exercício direto da democracia. No voto. 

Observemos que as velhas frases prontas, agora modernizadas, restauram diuturnamente a desqualificação e questionamentos, com relação as bandeiras de defesa da vida promovido por uma  mulher  negra que tem representação na vida  política independente da esfera federativa. 

Lançam  desenformações com requinte de crueldade, coagindo sentimento de ódio nas pessoas manifestados explicitamente por vários agentes da segurança pública em exercício de sua função nas redes sociais . A pauta de defesa dos direitos humanos para o povo negro, são considerados  ainda perturbadores da ordem pública, provocadores de tumultuo. Valendo a interpretação que onde os interesses políticos estão ameaçados, "ações de extermínio são necessárias" para quem não afiança e contrapõem as estruturas dominantes deste Estado.

O eco das vozes das  mulheres negras  contra o  extermínio do povo negro e  da juventude negra,  tem ganhado a atenção por parte da sociedade, desencadeando reações distintas de defesa dos  direitos humanos sem precisar do abono da imprensa tradicional ou mandatários.

As infestações racistas, não tem mais grandes efeitos onde o povo negro vive e são maioria.
Vozes das mulheres negras ecoam em defesa da vida nas comunidades e favelas, contrariando a estratégia da  invisibilidade  por  parte da imprensa.  

Não somos grupo minoritário . Somos  a maioria da sociedade  brasileira!  Lutamos pela vida. 

A Vereadora Marielle, representa um povo que não aguenta mais ver seus filhos, filhas, netas e netos, amigas e amigos vizinhos, morrer  por ações orquestradas por quem esta governando o  Estado maior.  
O Estado deve respeito as mulheres que lutam pela a garantia dos  direitos humanos e pelas garantias dos direitos fundamentais.

As mazelas do racismo estão cada dia mais evidenciadas nos dados de desigualdades socioeconômicas desta atual conjuntura  política. 

Vidas humanas não podem ser transformados em dados estatísticos. 

O extermínio sofrido por pessoas que lutam em defesa dos direitos humanos no Brasil tem que acabar .

O não reconhecimento dos direitos humanos por parte de setores do Estado,  provocam abusos, intolerância, injustiça, opressão, tortura física e psicológica e extermínio .

Vida para nós mães, avós e filhos. 

Nenhum comentário:

MAIS LIDAS