segunda-feira, 5 de março de 2018

Bancada de mulheres pretendem aprovar vários projetos de leis agora em Março


Bancada de mulheres pretendem aprovar no Congresso Nacional projetos de leis. Esta ação faz parte da pauta para o Dia Internacional de Luta das Mulheres e  a expectativa é que os projetos de interesse das mulheres sejam votados em plenário nas sessões dos dias 7 e 8 de março .

No Senado, quatro propostas foram consideradas prioritárias, passaram pelas comissões e estão prontas para votação.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011, é considerado uma das prioridades, aprovada em março o ano passado 2017, na  (CCJ),  sofreu grande pressão para ser retirado de pauta pela bancada evangélica. Este projeto propõem  alterar o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo e para possibilitar a conversão dessa união em casamento.

No Senado, a pauta prioritária inclui ainda  o PLS 228/2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para garantir proteção a gestantes e lactantes em relação à prestação de trabalho em local insalubre.

Nesta quinta-feira (1º),  o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, por unanimidade, pessoas transgênero a alterar nome e gênero em registro civil, independentemente da realização de cirurgia para mudança de sexo, e a bancada feminina no Congresso quer aproveitar para resgatar o texto que também no ano passado, chegou a ter a discussão no plenário.

Um substitutivo ao projeto de Lei da Câmara (PLC) 18/2017, que torna crime a “vingança pornográfica”, que consiste na divulgação e na exposição pública da intimidade sexual. O texto altera a Lei Maria da Penha e o Código Penal, estabelecendo pena de reclusão e multa para o autor da divulgação. 

O PLS 64/2018, está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e predispõem   modificar a progressão de regime de pena, transformando uma decisão do Supremo Tribunal Federal — relativa à mães e gestantes em prisão provisória — em norma legal, estendida a gestantes ou mães já condenadas, flexibilizando a regressão de pena a um oitavo (1/8).

As senadoras também deliberaram sobre a sessão solene que marcará, no próximo dia 7, a entrega do Diploma Bertha Lutz. Este ano, em comemoração aos 30 anos da Constituição de 1988, a honraria será dada  às deputadas que formaram a bancada feminina durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1988. Das 26 homenageadas, quatro estão em exercício parlamentar .
As congressistas pretendem também incluir na programação da semana que vem, uma audiência de deputadas e senadoras com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para debater a participação das mulheres na política.

PROJETOS CAMARA
Um dos projetos escolhidos pelas deputadas é o que inclui no rol de crimes a divulgação de cenas de violência sexual e torna crime hediondo o ato de estupro coletivo. Pela proposta, se o estupro for cometido por mais de duas pessoas, a pena deve ser prisão por pelo menos 8 anos e no máximo 16 anos e 8 meses.

Para esta semana, as deputadas também querem votar um projeto que considera o assédio sexual nas redes sociais crime cibernético e outro que autoriza delegadas a retirarem o agressor da casa da vítima de violência doméstica. O objetivo é inibir a ocorrência de crime continuado e evitar que a mulher agredida tenha que sair de casa enquanto aguarda as decisões judiciais.

Passada a semana da mulher, as deputadas também devem continuar trabalhando para incluir na pauta o projeto que tipifica como crime a abordagem constrangedora de alguém para a prática de ato libidinoso. A proposta foi criada depois da repercussão nacional do caso de um homem que ejaculou no pescoço de uma mulher dentro de um ônibus em agosto do ano passado, em São Paulo.

Integram ainda a pauta a um projeto que trata das ameaças virtuais e outro que propõe a criação de um comitê para receber denúncias de assédio moral e sexual na Câmara.
Na área da saúde, as deputadas querem votar um projeto que trata da restauração mamária para mulheres acometidas pelo câncer de mama. Mesmo os projetos que  estão em fase de análise das comissões temáticas,  poderão ser apreciados diretamente no plenário.

Os esforços da bancada parlamentar de mulheres são realizados incisivas no mês de março, por ganhar visibilidade e diálogo com a sociedade nas ações que institui garantir a  cidadania e os  direitos da mulheres. 

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