Jovem passa por um mural de apoio ao saneamento saudável e a práticas de higiene, do lado de fora do Hospital Público Redenção, apoiado pelo UNICEF, em Monróvia, capital da Libéria. Foto: UNICEF / Asselin
Embora os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relativos ao acesso à água potável tenham sido atendidos há cerca de três anos, um relatório da ONU alertou que, sem um grande impulso de financiamento, cerca de 2,4 bilhões de pessoas — um terço da população mundial — permanecerásem acesso a saneamento adequado em 2015 e que a ação é necessária para acelerar o progresso.
O documento, intitulado Progresso em Saneamento e Água Potável, atualização 2013, adverte que, no ritmo atual de trabalho, o ODM para reduzir pela metade a proporção da população que estava sem saneamento em 1990 não será atingido em 8% — ou meio bilhão de pessoas. O estudo foi realizado em conjunto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Entre as principais conclusões a partir dos dados mais recentes de 2011, o relatório destaca que quase dois terços (64%) da população mundial têm acesso a instalações sanitárias melhoradas, um aumento de quase 1,9 bilhão de pessoas desde 1990. No entanto, atualmente, cerca de 2,4 bilhões de pessoas ainda não têm acesso a esses recursos. Destes, de acordo com o relatório, 761 milhões usam instalações sanitárias públicas ou compartilhadas e 693 milhões usam instalações que não cumprem as normas mínimas de higiene.
Além disso, em 2011, um bilhão de pessoas ainda defecam em espaços abertos. Noventa por cento de toda a defecação ao ar livre ocorre em áreas rurais, o relatório afirma, também observando a “disparidade impressionante” entre os moradores urbanos e rurais sobre o acesso aos serviços de água e saneamento.
“Esta é uma situação de emergência não menos terrível do que um forte terremoto ou tsunami”, disse o diretor global do programa de água, saneamento e higiene do UNICEF (WASH, na sigla em inglês), Sanjay Wijesekera. “Todos os dias centenas de crianças morrem, todos os dias milhares de pais choram por seus filhos e filhas. Podemos e devemos agir para enfrentar essa colossal e diária tragédia humana”, completou.
Para ler o relatório em inglês, clique aqui.
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