por Monica Aguiar
HISTÓRIA DE LUTA E MUITA RESISTÊNCIA !
Warris fugiu da aldeia em que vivia com a família aos doze anos de idade, um dia após saber que seria obrigada por seu pai a se casar com um homem de 60 anos, do qual seria a quarta esposa.
Na época, atravessou sozinha um dos desertos somalis inteiro, sofrendo com fome e sede e ficando com vários ferimentos nos pés, dos quais até hoje têm cicatrizes.
Chegando em Londres, foi trabalhar na limpeza de uma lanchonete. Descoberta pelo fotógrafo britânico Terence Donovan aos 18 anos, Warris imediatamente se tornou uma modelo de sucesso.
Foi em 2002 que ela decidiu ir mais longe. Criou a Warris Dirie Foundation, que luta contra a mutilação genital feminina e, desde então, 16 países na África já aprovaram a proibição do costume. “Com certeza, até então, este tema era um tabu.
E eu quebrei esse silêncio.” Ela deixa claro, porém, que não tem interesse na política. “Não quero me envolver. Esse problema é mundial.”
Waris Dirie converteu-se numa defensora da luta pela erradicação da prática da Mutilação Genital Feminina !
Escreveu vários livros sobre suas vivências e foi tema de um filme "Flor do Deserto", lançado em 2010 no Brasil. Existe uma fundação com seu nome.
Um comentário:
Já assistir o filme Flor do Deserto é emocionante. Warris realmente é uma mulher negra guerreira e resistente.
Ao ver a história lembrei do livro Infiel, de Ayaan Hirsi Ali ativista na luta por direitos das mulheres muçulmanas.
Que elas tenham muita força nessa caminhada!
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