Ato na milenar igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos contou com a participação da ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, recebeu o Trofeu Nelson Mandela sexta-feira (13/12), no Rio de Janeiro. A premiação fez parte de um ato em homenagem ao líder sul-africano falecido há 10 dias na cidade de Pretória, África do Sul. Iniciativa de entidades do movimento negro carioca, o tributo ao primeiro presidente negro daquele país ocorreu na centenária igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos.
O Instituto da Cultura e Consciência Negra Nelson Mandela, que atua pela reinserção de egressos do sistema penitenciário na sociedade, e o Renascença Clube, um dos mais tradicionais clubes sociais negros do país, promoveram o ato que reuniu representantes de várias entidades do movimento negro carioca. O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (Condedine) também participou da organização do evento.
No ato, a ministra contou sua impressão sobre a cerimônia que reuniu mais de 60 lideranças mundiais na África do Sul, terça-feira (10/12), para se despedirem de Nelson Mandela. “Que coisa linda a possibilidade que o povo sul-africano teve de reconhecer em um homem negro, em um homem igual a eles, uma liderança de verdade”, afirmou a chefe da SEPPIR, que encerrou sua fala parafraseando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em seu discurso na África do Sul: “Eu nunca vou ser um homem tão inteiro, eu não vou estar à altura de 'Madiba', mas ele me faz ser um homem melhor”.
O presidente do Instituto Nelson Mandela, Antonio Carlos Brasileiro, revelou que a luta de Mandela contra o regime de segregação racial da África do Sul, o apartheid, serviu de inspiração para a criação e a definição do projeto de sua organização. O ato contou ainda com uma homenagem musical do artista carioca Rubem Confete, cuja composição fala sobre a trajetória de Mandela, a maior liderança mundial contra todas as formas de discriminação.
Irmandade
Remonta a quase 370 anos a história da devoção, no Rio de Janeiro tanto a Nossa Senhora do Rosário quanto a São Benedito. Em 1639, devotos da santa fundaram uma confraria, que existiu na mesma época paralelamente a outra, constituída por devotos de São Benedito, ambas fundadas por homens pretos, livres e escravos.
Em 1667, foi eleito pela Confraria de N. Senhora do Rosário, para o cargo de Juiz um irmão, que ocupava igual cargo na Confraria de São Benedito procedendo-se então a união das duas Confrarias dando assim origem à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos.
Fonte e texto : SEPPIR
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