quinta-feira, 25 de abril de 2019

Bares e casas noturnas terão de ajudar mulheres clientes que se sintam em situação de risco


A lei foi sancionada pelo Governador do Rio  na última quarta-feira e  
terá 90 para ser adaptada

A nova Lei ajudará clientes mulheres que estejam em situação de risco em bares, restaurantes e casas noturnas do Rio dando auxílio para as que estejam em situação de risco em suas dependências.

 lei  prevê que as casas deverão oferecer acompanhamento até o carro, outro meio de transporte, ou comunicação à polícia e cartazes deverão ser fixados nos banheiros femininos e locais visíveis  informando sobre o suporte.

Segundo o Dossiê Mulher 2018 do Instituto de Segurança Pública, das 70 mil vítimas de lesão corporal dolosa no estado do Rio em 2017, 63,8% (44 mil) eram mulheres. É mais do que justo que a gente proponha medidas que ampliem a segurança da mulher - afirma a deputada enfermeira Rejane (PC do B), autora do projeto de lei e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) há 4 anos.

Iniciativas de Donos de Bares já vem ocorrendo há algum tempo, fora do Brasil. Os estabelecimentos colam cartazes em banheiros femininos, especificando o nome do drink que a mulher deverá pedir caso precise de ajuda.  A famosa rede norte americana Hooters criou o ‘Angel Shot’ para este tipo de situação, da qual conforme o grau de gravidade, com limão significa “chame a polícia”.

Em 2018, segundo um levantamento do Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 16 milhões de mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de violência: 3% ao se divertir num bar, 8% no trabalho, 8% na internet, 29% na rua e 42% em casa.

Mulheres pretas e pardas são mais vitimadas do que as brancas; as jovens, mais do que as mais velhas.

Tipos de violência:

» 21,8% (12,5 milhões de mulheres) — ofensa verbal, como insulto, humilhação ou xingamento.

» 9% (4,7 milhões) — empurrão, chute ou batida (536 por hora).

» 8,9% (4,6 milhões ) — toque ou agressão por motivos sexuais (9 por minuto).

» 3,9% (1,7 milhão) — ameaças com faca ou arma de fogo.

» 3,6% (1,6 milhão) — espancamento ou tentativa de estrangulamento (3 por minuto).

Estes dados demonstram que não existe local seguro para mulher no Brasil.

Esta Lei vem ajudar a minimizar o direito que uma mulher tem em frequentar espaços públicos sem ter sua privacidade violada.

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