quarta-feira, 3 de abril de 2019

Eleita a primeira Prefeita negra em Chicago


Por Mônica Aguiar 


Foto: Kamil Krzaczynski / AFP Photo
Lori Lightfoot, uma ex-promotora federal, sempre denunciou o racismo da policia local, venceu Toni Preckwinkle, por 74% a 26% dos votos. Chicago é a terceira maior cidade dos  EUA.


A ex-promotora federal Lori Lightfoot, de 56 anos, derrotou na terça-feira (2) Toni Preckwinkle. Ela será a primeira prefeita negra, assumidamente lésbica é a segunda mulher a administrar Chicago, a terceira maior cidade dos Estados Unidos, com grandes desigualdades econômicas. Sua posse acontecerá em 20 de maio.

Lightfoot, candidata pelo partido Democrata, jamais ocupou um cargo eletivo,  mas sempre teve em posições de destaque, nos governos Bill Cliton e Barak  Obama. Recebeu 74% dos votos enquanto Preckwinkle, encarregada do condado de Cook, teve apenas 26% dos votos (dados preliminares).

Durante a campanha, Lightfoot prometeu livrar a prefeitura da corrupção e ajudar as pessoas de baixa renda e da classe trabalhadora, que foram "deixadas para trás e ignoradas" pela classe política dominante da cidade. Em sua plataforma manteve foco na justiça social, igualdade , educação e segurança.

"Enfrentamos interesses poderosos. Hoje vocês conseguiram mais do que fazer história, criaram um movimento para a mudança", disse Lightfoot em seu discurso da vitória, acompanhada por sua esposa e filha.

Ela ainda afirmou que os moradores de Chicago estão vendo uma “cidade renascida”, um lugar onde a etnia e “quem você ama não importam”.

"Juntos nós podemos e faremos de Chicago um lugar onde o seu código postal não determina o seu destino. Nós podemos e vamos quebrar o interminável ciclo de corrupção desta cidade e nunca mais permitir que os políticos lucrem com seus cargos”, afirmou Lightfoot.

Lightfoot vai enfrentar além dos problemas de relações raciais,  fata de infraestrutura, falta de recursos em escolas públicas e cortes no orçamento.

Negros, brancos e latinos tem a mesma representação demográfica, somam 30% cada grupo.
Mas  negros e latinos,  ainda continuam vivendo em situações precárias, não contam com o a mesma condições e perspectivas  socioeconômicas que os brancos.  

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