Segundo um estudo do Programa da ONU para o Desenvolvimento, as mulheres foram as mais impactadas pelo vírus.
A chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
Helen Clark, começou nesta quarta-feira (11) uma viagem à África
Ocidental, onde averiguará os esforços imediatos necessários para a recuperação dos países afetados pelo ebola, seguindo o mandato designado pelo secretário-geral da ONU à agência.
Segundo um novo estudo publicado pelo PNUD, os programas devem
abarcar as necessidades das mulheres, desproporcionalmente afetadas pelo
vírus ebola. Este alto grau de infecção se explica pelo seu papel
protagonista como cuidadoras das famílias, trabalhadoras no âmbito da
saúde, em rituais e práticas tradicionais e no comércio entre
fronteiras.
As disparidades são mais visíveis nas áreas mais afetadas da Guiné.
Em Guéckédou, por exemplo, mulheres representam 62% das pessoas
infectadas, e em Télémilé, 74%, de acordo com o estudo do PNUD. Além
disso, cita que um grande número de mulheres perderam seus meios de
subsistência por causa da reduzida produtividade na agricultura,
diminuição do comércio e das pequenas atividades de negócio. Por outro
lado, o índice de mortalidade materna aumentou dada a falta de cuidados
pré-natais.
Como parte da resposta, as iniciativas de recuperação do PNUD são
focadas em quatro pilares: oportunidades econômicas e trabalho;
recuperação do sistema de saúde, governança resiliente para a
recuperação, paz e estabilidade; e gestão de risco para lidar com
futuros surtos.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua última
atualização, relatou que o número de casos do ebola nos três países mais
afetados voltou a subir pela segunda semana consecutiva. A agência
também observou que o índice de mortalidade dos casos hospitalizados
continua alto – entre 53% e 60%.
“O aumento de casos na Guiné e a ampla transmissão em Serra Leoa
mostram os desafios que devemos enfrentar para obter o marco zero de
casos”, disse a OMS.
Fonte: ONUBR
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