Plataforma Politica das Mulheres entregou a declaração e pede acção das autoridades.
A Plataforma Política das Mulheres entregou dia 12, a Declaração
de Canchungo aos titulares dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau que
defende a promoção da igualdade de gênero no país.
De acordo com a Plataforma Política das Mulheres, composta por
entidades que promovem e defendem os direitos femininos, o documento
insta às autoridades a adaptarem medidas com vista ao aumento da sua
participação nas instâncias de tomada de decisões com base numa quota de
40 por cento
O documento recomenda o reforço de mecanismos de sensibilização sobre
as consequências da mutilação genital feminina, do casamento precoce ou
forçado e a revisão do plano de reforma nos setores da defesa e
segurança.
A intenção é que a política reflita o princípio da equidade do gênero conforme a resolução 1325 do Conselho de Segurança.
O índice de analfabetismo nas mulheres ronda os 67 por cento, facto
que não irá favorecer as mulheres sobretudo na concorrência aos postos
de emprego.
Segundo a Rádio ONU, a conselheira para Assuntos do Gênero da
Uniogbis, a força das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Caterina Gomes
Viegas, disse, entretanto, que essa não é razão para deixar de
acreditar.
"Os aspectos socioculturais jogavam um papel determinante na
discriminação da participação das mulheres na política. Então, daí elas
mesmas viram através da capacitação, de que têm capacidade, porque
fizeram a avaliação da participação dos homens na política na espera da
decisão e viram que também há homens analfabetos", disse Gomes Viegas.
No evento, o coordenador adjunto do Sistema das Nações Unidas na
Guiné-Bissau Marco Carmignani destacou os benefícios da maior
participação feminina e citou o combate à impunidade e à promoção dos
valores da tolerância, paz, igualdade de oportunidades, da reconciliação
e da justiça.
Por seu lado, o presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz afirmou que
"homem que é homem não bate em mulher", ao falar da criminalização da
violência domestica já em vigor no país.
"Não se pode considerar de ambiciosa a exigência de uma quota mínima
de 40 por cento para segurar uma representação significativa das
mulheres nas instâncias de tomadas de decisão quando elas constituem
mais de mais de 50 por cento da nossa população”, defendeu Vaz.
Fonte: Voz da América
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