Por Mônica Aguiar
O número de deputados negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu quase 5% na eleição de 2018 na comparação com 2014, mas o grupo continua
sub-representado na Câmara dos Deputados e nas Casas legislativas
em relação ao tamanho da população.
sub-representado na Câmara dos Deputados e nas Casas legislativas
em relação ao tamanho da população.
RIO
de JANEIRO : Quatro amigas e ex-assessoras da vereadora Marille
Franco assassinada no Rio, vão ocupar, agora, três cadeiras na
Assembleia Legislativa e uma na Câmara.
Talíria Petrone, Renata Souza,
Mônica Francisco e Dani Monteiro, eleitas pelo PSOL, todas
militantes, pautam bandeiras de luta que Marille carregava. Contra genocídio da juventude negra em defesa das mulheres negras.
Para Talíria, a eleição de mulheres
negras, vindas de favelas, é uma resposta política a um ‘crime político’. “As
urnas mostraram uma indignação com este momento que vivemos, de
retrocesso”.
A parlamentar também aponta uma
sub-representação de mulheres negras no Parlamento.
“Não somos maioria na Câmara, mas somos a
maioria do povo”.
Talíria foi a 9.ª deputada federal mais votada no
Estado, somando 107.317 votos válidos, 1,39%). As ativistas Renata (63.937),
Mônica (40.631) e Dani (27.982) ocuparam, respectivamente, a 9.ª, 28.ª e 48.ª
posições na Assembleia.
Afora a enfermeira Rejane, eleita na 39.ª
colocação, as três deputadas estaduais ligadas à Marielle foram as únicas a se
autodeclararem pretas. Na Câmara, além de Talíria, somente a deputada
federal Rosângela Gomes afirma-se negra. Ela foi eleita com 63.952 dos votos
válidos e ficou na 17ª posição. Após fechamento das urnas, as deputadas
estaduais manifestaram-se no Twitter.
“Honramos a memória de Marielle
Franco. Sou uma das três mulheres negras do PSOL eleita para a Alerj. Nunca mais
estaremos sozinhas nos espaços de poder.”, afirma Renata.
“Foi só o começo de algo que a
gente já começou há muito tempo, de uma nova política que tentaram silenciar e
não conseguiram”, pontua Dani.
Benedita (PT) foi reeleita no Rio
Deputada Federal - Política ativista do Movimento Negro e Feminista,
Benedita Souza da Silva Santos foi a primeira senadora negra do Brasil. Natural
do Rio de Janeiro, Bené, como ficou conhecida, começou a trabalhar desde
menina: vendeu limão e amendoim, foi operária fabril e entregava a roupa lavada
e passada por sua mãe.
NO PAIS
BAHIA
Olívia Santana (PCdoB), de 51
anos, foi a primeira mulher negra eleita para a Assembleia Legislativa da Bahia
Com 57 mil votos.
MINAS GERAIS
Vereadora mais votada de Belo
Horizonte em 2016, Áurea Carolina (PSOL) foi eleita deputada federal. Escolhida
por 162.740 pessoas, a parlamentar foi a mulher com maior número de votos para
o cargo em Minas Gerais.
Andrea de Jesus (PSOL) -
17.689 votos( Mulher Negra de Ribeirão das Neves é advogada popular/
assessora no Gabinetona de Aurea Carolina Vereadora/ Presidenta da Comissão de
Igualdade Racial OAB seccional Neves , Conselheira Municipal do SUAS, da
Igualdade Racial, do idoso e da mulher ).
Leninha ( PT) – 51.407
votos (Mulher negra, coordenou as pastorais sociais pela Arquidiocese de
Montes Claros, economia solidária)
SÃO PAULO
Leci Brandão : Eleita
pelo PCdoB, Cantora, compositora e umas das mais importantes intérpretes de samba
da música popular brasileira.
Erica
Malunguinho, primeira mulher trans a ser eleita deputada
estadual no País, com 55.223 votos válidos em São Paulo (74ª).
RORAIMA
DESIGUALDADES
O número de deputados negros
(soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu quase 5% na eleição
de 2018 na comparação com 2014, mas o grupo continua sub-representado na Câmara
dos Deputados em relação ao tamanho da população.
Dos 513 deputados
eleitos no último domingo (7), 385 se autodeclaram brancos (75%); 104 se
reconhecem como pardos (20,27%); 21 se declaram pretos (4,09%); 2 amarelos
(0,389%); e 1 indígena (0,19%).
Em relação às eleições de 2014,
o número de deputados negros (pretos mais pardos) subiu cerca de 5%,
representando 24,36% da composição da Câmara. Em 2014, dos 513 deputados
eleitos, 410 se autodeclaravam brancos (79,92%), 81 se diziam pardos (15,78%) e
22 pretos (4,28%). Os negros representavam, portanto, 20,06% dos deputados.
* Em construção. Esta matéria poderá sofre alterações conforme confirmações do TSE.
Fonte entrevista RIO : ESTADÃO
Fotos: Grupo Whatsapp Nacional Mulher Negra
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