São Paulo |
Por Mônica Aguiar
Protestos
aconteceram neste sábado(29), em
diferentes cidades do Brasil e em países como Portugal, Alemanha e Suíça.
Os
protestos reuniram milhares de pessoas em mais de 10 estados. Segundo coletivos
que ajudaram a organizar os atos. São Paulo, Rio e Recife, Belo horizonte foi onde concentraram
mais de 150 mil mulheres por capital .
GOIANIA |
As mulheres se
tornaram um empecilho ao crescimento das intenções de voto do candidato à
presidência pelo PSL JB.
Além de
uma mobilização massiva nas redes sociais, com mais de 2,5 milhões de seguidoras
reproduzindo a hashtag #EleNão,
atos públicos tomam as ruas de diversas
cidades do Brasil – e de outras partes do mundo – neste sábado (29).
Desde o início da campanha, o
Candidato do PSL JB, se envolveu em discussões públicas com mulheres promovendo
declarações machistas, racistas, preconceituosas, criando revolta nas mulheres, que estão em maioria chefe de família no Brasil e são em maioria eleitoras aptas a votar nesta
eleição.
RECIFE |
A manifestação convocada no
Facebook, teve a capital paulista, como termômetro
dos protestos no Brasil, reuniu centenas de milhares de pessoas, certamente 200.000,
no maior protesto popular registrado desde setembro de 2016.
As mulheres candidatas a presidência e vices,
candidatas governadoras e vices, candidatas a deputadas federal e estadual,
candidatas a senadoras que são comprometidas com a luta das mulheres estiveram presentes nos atos que aconteceram nas
capitais do Brasil .
Em São Paulo Marina
Silva(REDE), Vera Lúcia(PSTU), Manuela D’Ávila (PCdoB) Vice do candidato a presidência
Haddad(PT), Katia Abreu(PDT) da chapa Ciros Gomes , Sônia Guajajara (PSOL) vide
de Guilherme Boulos.
PARIS |
Ouvem registros também de
protestos em várias cidades no mundo:- Berlim,
Cidade do Cabo, Nova York, Londres, Lisboa, Paris, Barcelona e Cidade do México,
onde milhares de mulheres reunidas postaram suas fotos em redes sociais, demostrando sua organização e indignação usando faixas com a hashtag #elenão e com frases
contra o machismo e a homofobia, além de usarem roupas e balões roxos, cor que
marca a luta das mulheres no mundo.
Com a marcha deste sábado, as
mulheres demostraram unidade e seu valor na sociedade. Concentrou em um único ato toda a resistência à retórica antiminorias de
Bolsonaro.
Foi a maior manifestação de
mulheres na história do Brasil e também
uma das maiores manifestações contra um candidato a presidência da republica da história.
RIO de JANEIRO |
Bandeiras de arco-íris, da
comunidade LGBTQ, se uniu as bandeiras do movimento negro e das mulheres negras ao público geral em apoio à pauta das mulheres e à aversão ao presidenciável do PSL.
As expressões "ele
não", "machistas, racistas, não passarão" , apareceram
em todas as manifestações no Brasil.
Vestidas com camisetas lilás, corpos e rostos pintados, estandartes, faixas
ao som de batuques organizado pelas próprias mulheres, demostraram que a misoginia, manifestações de que induzem a violência contra
a mulher, não serão mais aceitas, nem muito menos, defesas de posturas fascistas, opressoras , racistas , homofóbicas e sexistas.
BELO HORIZONTE/MG |
As mulheres também manifestam
contra as declarações polêmicas e controversas do Candidato a presidência, consideradas
um retrocesso diante as conquistas obtidas:- no combate à violência contra mulher, participação na vida politica,
representação nos poderes, combate ao racismo; igualdade e oportunidade no
trabalho, defesa da democracia e dos direitos humanos, dentre outras bandeiras.
Para as criadoras da página o ato
organizado por mulheres que se conheceram no grupo
'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro' foi um grande sucesso. Segundo elas, a
ideia que surgiu de forma espontânea foi e "está sendo construídas por
ativistas, militantes políticas que apoiam candidatos e candidatas e que
assumem suas posturas políticas com respeito".( em El país)
O
deputado federal e candidato a presidência do partido PSL, tem uma taxa de
rejeição de 46%, entre o eleitorado feminino chega a 52%.
Segundo
dados levantados pela BBC News Brasil desde o fim da ditadura militar, nunca
houve uma diferença tão grande no voto de homens e mulheres.
Nas
matérias da página do El País, muitas
declarações por que não votar no deputado : Conforme Eç“Ao longo dos últimos anos, as
mulheres lutaram e conseguiram o básico, o mínimo de seus direitos. Não podemos
perder esse mínimo para o Bolsonaro”, disse a estudante de direito Isadora
Alexandre, de 20 anos,
“Na
minha faculdade, vemos as salas lotadas de mulheres em sua maioria, mas os que
ensinam, os professores, são, na maior parte das vezes, homens. Isso é bastante
revelador de uma sociedade não igualitária e machista”, diz.
“A
mulher tem muito poder e temos de saber falar não e não nos sentir pequenas”,
refletia R., uma vendedora de camisetas com a inscrição #Elenão, que estava na
marcha para complementar sua renda como diarista.
PESQUISA REJEIÇÃO DA S MULHERES
A uma semana do primeiro
turno das eleições presidenciais e estaduais, quase cem por cento das mulheres
(94%) afirmam não se sentir representadas pelos políticos em exercício.
Pesquisa inédita do Instituto Locomotiva, sobre o que pensam as eleitoras
brasileiras, aponta mais: 95% delas acreditam que deveria haver mais mulheres
na política.
Na pesquisa, vê-se que mais da metade das mulheres (72%) se interessa em algum
grau por política, e 55% concordam que a política é o melhor caminho para elas
sofrerem menos preconceito. Entre as eleitoras, 76% concordam que seu voto pode
fazer a diferença no país.
A grande maioria (90%), no
entanto, está desacreditada: elas não confiam que os políticos pensem nas
necessidades da população para tomar suas decisões.
E 93% discordam que os
políticos atuais procuram ouvir os brasileiros.
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