De
"Quando levanto minha mão,
estou
ciente de todas
as mulheres que ainda estão em silêncio".
A frase acima pertence ao
discurso da atriz Viola Davis, uma das famosas presente na Marcha
das Mulheres que deu inicio ao ano de 2018, em Los Angeles, nos
Estados Unidos .
"Hoje estou falando não só pelas mulheres do "Me
Too" (...)", disse.
A atriz afirmou que, toda vez
que levanta sua mão, fala pelas "mulheres anônimas, as que não têm
dinheiro, as que não têm a confiança e as imagens em nossa mídia que lhes deem
uma sensação de autoestima suficiente para quebrar o silêncio que está
enraizado na vergonha e o no estigma do estupro".
Viola ainda pediu para que as
pessoas pensem no coletivo:
Todo dia, seu trabalho como
cidadão americano não é apenas para lutar pelos seus direitos, mas lutar pelo
direito de cada indivíduo que está respirando, cujo coração está bombeando e
respirando nessa terra.
"Eu
entendi muito rapidamente, até mesmo como uma adolescente de 13 anos, que se eu
me expressasse de forma sensual eu não me sentiria segura e que homens poderiam
se achar no direito de falar sobre meu corpo e objetificá-lo, o que me deixaria
desconfortável", disse.
Scarlett
Johansson, em seu discurso,
afirmou que as mudanças de comportamento são necessárias para que as próximas
gerações não sejam afetadas pelos mesmos problemas como o assédio sexual.
"Avançar
significa que minha filha vai crescer em um mundo onde ela não precisa se
tornar uma vítima do que se tornou a norma social. A igualdade de gênero não
pode existir apenas fora de nós - deve existir dentro também. Devemos assumir a
responsabilidade não apenas por nossas ações, mas por nós mesmos".
Angela
Davis fez um apelo resistência e pediu ao público que se tornem
militantes em suas demandas de justiça social, especialmente nos próximos
quatro anos.
"Esta
é uma Marcha das Mulheres e ela representa a promessa de um feminismo contra o
pernicioso poder da violência do Estado. E um feminismo inclusivo e
interseccional que convoca todos nós a resistência contra o racismo, a
islamofobia, ao anti-semitismo, a misoginia e a exploração capitalista".
A Marcha
Cartazes com frases que marcaram a marcha como
"Agarre eles pelas legislativas" e "Essa vagina vota", as
mulheres querem derrotar os republicanos nas eleições legislativas de 2018.
Entitulado "Women's March Anniversary: Power to the Polls" (Aniversário
da Marcha das Mulheres: Poder para as pesquisas, em tradução livre), o evento
visou mobilizar Las Vegas, em Nevada, já que, segundo o site oficial da marcha,
"é um estado crucial para as eleições legislativas
norte-americanas" que acontecem em 2018 e porque, recentemente,
"foi atingida pelo maior ataque a tiros da História dos Estados
Unidos".
RELEMBRANDO
Em 2017 ocorreu a primeira marcha das mulheres contra Trump
que contagiou o movimento feminista ao redor do mundo e o início do movimento
#MeToo em Hollywood .
Desde então, segundo a Vox, as organizadoras da marcha original adotaram uma
abordagem ampla, produzindo eventos em parceria foco em justiça racial,
deficiência e direitos LGBTQ.
Segundo os organizadores, em 2017, milhões de pessoas marcharam por todo o
país para mostrar a insatisfação com a agenda ultraconservadora do novo
presidente e como uma nasty woman (mulher desagradável, em tradução
livre) realmente se parece.
Nos Estados Unidos, diferente
do Brasil, o voto não é obrigatório. Segundo a ONG Emily's List, que
promove a participação das mulheres na política, desde a eleição presidencial
de 2016, 25.000 mulheres procuraram seus escritórios com a intenção de disputar
algum cargo.
Fotos : Internet
Fontes: huffpostbrasil/Geledes/cartacapital/elpais
Um comentário:
Somos internacionalistas, antiimperialistas, então, tá certo, a Marcha tem mesmo que ser mundial, como de resto, aliás, foi o Movimento Feminista em seus momentos iniciais !
Ousar lutar, ousar vencer !
Mercedes Lima - COLETIVO FEMINISTA CLASSISTA "ANA MONTENEGRO"
Postar um comentário