terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Ganhos Salariais e Participação das Mulheres no Mercado de Trabalho Cresce, de 2007 a 2016

A diferença na participação e remuneração das mulheres no mercado de trabalho ainda existe, mas dados do Ministério do Trabalho revelam que a participação das mulheres no mercado formal aumentou de 40,85% em 2007 para 44% em 2016. Um período de dez anos analisados .

Remuneração 
O estudo apresentado neste  período,  também demostra que ouve ganhos a diferença salarial diminuiu de 17% para 15%.  Em 2007, o rendimento dos homens era R$ 1.458,51 e das mulheres R$ 1.207,36. Já em 2016, a média salarial masculina era de R$ 3.063,33 e a feminina, R$ 2.585,44 . O levantamento considerou os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2016 e avaliou a distribuição dos 46,1 milhões de empregos formais registrados.

Mesmo com as mulheres sendo maioria entre os trabalhadores  com ensino superior completo no país neste período,  representando 59% dos 9,8 milhões profissionais com esse nível de escolaridade e trabalho com carteira assinada em 2016, a remuneração média dos homens com ensino superior completo era de R$ 7.537,27, e as mulheres recebiam R$ 4.803,77, ou seja, 36% a menos.

Já no setor de Serviços, a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho formal é equilibrada – 48,8% feminina e 52,2% masculina. A maior diferença de participação por gênero ocorre entre os setores produtivos considerados mais masculinos, onde se destacam a construção civil e o extrativista mineral. Em 2016, 9,9% do total de 1,9 milhão de trabalhadores da construção civil eram mulheres.

Setores
O único setor econômico em que as mulheres são maioria é o da Administração Pública. Elas ocupam 59% dos 8,8 milhões de postos de trabalho. Segundo os dados do ministério,  as principais ocupações femininas são de auxiliar de escritório, assistente administrativo e vendedora de comércio varejista.

Para analista do de Políticas Sociais do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho,    "Na média, as mulheres continuam ganhando menos que os homens. Esta situação pode ser explicada pelo fato de que a participação feminina no mercado de trabalho formal está concentrada em ocupações que apresentam remuneração mais baixa. Além disso, as mulheres ocupam menos os cargos de chefia e ainda há fatores discriminatórios no ambiente de trabalho, que precisam ser combatidos", afirma Mariana Eugênio.

Já no  último trimestre do ano de 2016, os desemprego é maior entre as mulheres e chegando  a 13,8%. O índice médio de desocupação chega  a 12% no Brasil, para os homens, era de 10,7% e para as mulheres, de 13,8%.

A dificuldade de inserção no mercado de trabalho, continua  cada vez mais restrito para as mulheres .  Sem vagas, cresce procura por trabalhos independentes do salário. A entrada ou a recolocação no mercado  passa a ser ainda mais custosa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desocupação entre as mulheres com mais de 14 anos continua acima do índice geral, que inclui os dois gêneros.
O nível da ocupação (que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) na análise entre gêneros também é distinta e menos favorável às mulheres. Em 2012, o percentual era de 56,3% no país – o número relativo aos homens era de 68,5% e o de mulheres, 45,2%.

Em 2016 inicia-se um processo brusco de recuo na ocupação, de  54%, sendo 64,3% entre homens e 44,5%, entre mulheres.
A recessão na qual o país mergulhou é um dos principais fatores que contribui para que milhares de mulheres e sua maioria chefe de família e negras ficassem fora do mercado ou que recorressem a outras ocupações.
Com menos vagas e salários menores, muitas mulheres têm recorrido à oferta de trabalhos domésticos, ainda que temporariamente. 

Dados publicados : Segunda, 19 de Fevereiro de 2018 

Fontes : G1/Ministério do Trabalho Assessoria de Imprensa

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