
De acordo o Infopen Mulher, em cada três mulheres presas, duas são negras num total de 37, 8 mil detentas – quantidade que se elevou em 545%, entre 2000 e 2015, . Entre 2003 a 2013, houve um aumento de 54% no número de assassinatos de mulheres negras enquanto houve redução em 10% na quantidade de assassinatos de mulheres brancas. No quadro diretivo das maiores empresas no Brasil, as negras são apenas 0,4% das executivas – apenas duas num total de 548 executivos e executivas.
Em atenção à situação das mulheres negras brasileiras, a ONU Mulheres Brasil está desenvolvendo a estratégia “Mulheres Negras rumo a um Planeta 50-50 em 2030”, articulando o advocacy público de compromissos nacionais em favor do Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021, que adota como diretriz o enfrentamento ao racismo e a eliminação das desigualdades de gênero no País, baseada na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e na Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024).
O instrumento apoia o desenvolvimento de políticas públicas por meio da cooperação técnica da ONU Brasil como o governo brasileiro, além de ações com empresas e universidades, como estabelecem o Plano de Ação de Durban e o Plano de Ação de Pequim.
Em 2015, a ONU Mulheres apoiou a realização da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver. Na ocasião, a subsecretária Geral da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres, a sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka, esteve presente à manifestação de 2015.

KENIA MARIA – Defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres Brasil

Por ocasião do #JulhoDasPretas 2017– período de mobilização do movimento de mulheres negras em decorrência do 25 de Julho, Dia da Mulher Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora –, a ONU Mulheres Brasil nomeou Taís Araújo como defensora dos Direitos das Mulheres Negras. A atriz passa a apoiar a visibilidade das mulheres negras como um dos grupos prioritários do Plano de Trabalho da ONU Brasil para a Década Internacional de Afrodescendentes, alinhado com o princípio de não deixar ninguém para trás, focando nos grupos em situação de maior vulnerabilidade, preconizado na Agenda 2030 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ressaltado no Marco de Parceria para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021. Estes princípios estão aglutinados na estratégia de comunicação da ONU Mulheres Brasil Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030.
Fonte: ONUMULHERES
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