A marca produzida tem como elemento central do
seu símbolo a Mulher Negra
Por Mônica Aguiar
Marca do Centro de Referencia da Cultura Negra -CERCUNVN |
Foi uma noite marcada por muitas
emoções, demostrando o papel fundamental e o trabalho social da turma
coordenada pelo professor Leonardo Drummond Vilaca, ministrador do projeto LAI-
laboratório de aprendizagem integrada, com o tema diversidade.
Em todas as falas da equipe composta
por Felipe Gonçalves Costa, Iagor Santos Oliveira, Jessika Aparecida Ricardo
Silva, Kaio Fernando da Silva, Miller Deivison Raimundo e Thais Angélica Costa
Lara, foi possível observar um ponto em comum:- buscar o combate às
discriminações e preconceitos existentes, sofridas pelas mulheres negras,
reorientando os conhecimentos a fim de garantir em suas peças publicitárias e marcas, a valorização, identidade , ancestralidade e resistência
da mulher negra.
Marca CERCUNVN (mascote) |
Após apresentação, foi entregue a
Direção do Centro de Referência o Manual
da Marca, pela Equipe produtora, com todos os
cuidados de orientações para reprodução das peças: Marca de serviço, índices
adnkra, papel timbrado, crachá e cartão de visita, a referência( mascote),
uniforme e camiseta.
Direção do Centro de Referencia da Cultura Negra Equipe designer produtora da Marca |
Para a Direção da entidade, a equipe apresentou o trabalho superando as próprias expectativas do Centro de Referência da Cultura Negra. Além de ficarmos emocionadas pela beleza do trabalho, o fato dos jovens ter, compreendido o objetivo social e politico, transcrevendo toda nossa luta em prol da visibilidade da mulher negra, bandeiras de combate ao racismo e conquistas alcançadas pela entidade, nas políticas sociais que garantem o exercício da cidadania, autônomia, oportunidade, e equidade para mulheres negras, marca este momento histórico .
Miller integrante da equipe de designer
gráfico: “ Este projeto me fez adiantar um sonho, que era ajudar alguém
que ajuda pessoas com alguma causa social.
Tudo começou comigo, vendendo Yakult na rua, onde conheci a Mônica que veio a se tornar minha cliente. Quando comecei a
fazer o curso, disse a ela que ainda faria a identidade visual do
estabelecimento social dela, como uma forma de ajudá-la a dar um visual mais
bonito e profissional a sua empresa, já que ela ajuda as pessoas a mais de 10
anos e não tinha, até então, uma identidade visual. Quando o Leo passou o
projeto para a turma, logo vi a oportunidade de ajudá-la e apresentei a causa
ao grupo, que a abraçou rapidamente, e damos início ao trabalho mais importante
do ano, que era grande e minucioso.
Miller, Jessika, Felipe, Kaio, Thais, Iagor |
Aprendemos mais sobre a cultura
negra, nos inserimos e entendemos mais ainda sobre acontecimentos do passado e
presente, e também em como podemos combater essa desigualdade, tanto de raça
quanto de gênero. Estamos completamente
realizados em poder ajudar uma pessoa que faz tão bem a sociedade.
Jessika integrante da equipe de designer gráfico: A
experiência com a CERCUNVN (Centro de Referência da Cultura Negra – Venda
Nova), deu-me a excelente possibilidade de alargar horizontes, tanto em termos
pessoais quanto profissionais”. A interação com as pessoas que possuem
diferentes visões para oferecer trouxe uma grande experiência de aprendizagem. Foi-nos
permitida uma verdadeira troca de ideias que proporcionaram uma maior partilha
de conhecimentos num diálogo intercultural. Há uma série de elementos dos
quais eu tirei mais satisfação. Um deles é, o sentimento quando os requisitos
que você criou, resultam em uma solução. Depois do meu trabalho neste
projeto, percebo o quão importante é para todos nós neste dia, entender
verdadeiramente as diferenças raciais, bem como conhecer uma realidade única,
no que diz respeito ao modo de viver”
Felipe integrante da equipe de designer gráfico: “ O conhecimento é o ato de perceber ou compreender por meio
da razão e/ou da experiência, mediante a isso aprendi desenvolvendo esse
trabalho que não somos únicos em nossos pensamentos, tudo envolve outras
pessoas, outros sentimentos outras vidas. Chegamos longe com várias ideias
várias tecnologias mas não andamos muito quando a questão é o RESPEITO ao
próximo, uma coisa simples, de fácil aprendizado, mas difícil de ser praticado.
Tenho em mim que ainda chegaremos a esse nível, onde todos serão apenas respeitados
e aceitos em meio social”.
Cartaz CERCUNVN |
Kaio integrante da equipe de designer gráfico: “ Desde o início, de quando foi dada a proposta em ajudar um
centro de referência que luta por uma importante, me chama a atenção pelo fato
de poder colaborar por uma causa que precisa de atenção e ser mais difundida na
sociedade. Me impressionou ao ouvir as histórias daquelas mulheres que
diariamente atendem casos pessoais de discriminação e as consequências do
preconceito que a mulher negra sofre. Mais que só pela causa, acalentam não só
os casos de desigualdade racial, mas a todos que sofrem preconceitos sexuais e
do gênero e que estão fragilizados e precisam de apoio. Criar uma identidade nova fez a mim e ao meu
grupo, nos aprofundar na cultura negra e na causa, buscando compor visualmente
no que o centro de referência acredita, desde a logo a todo o design gráfico. No
meu caso em especial ampliou meus conhecimentos e fazer um projeto como esses
dar certo e valer a pena participar”.
Thaís integrante da equipe de designer gráfico: “Aprendi com o projeto que em equipe tudo pode ser
transformado para melhor ou construído em algo novo. O CERCUNVN (Centro de
Referência da Cultura Negra de Venda Nova) me mostrou uma visão de outra
perspectiva que é a vivência da mulher negra em sociedade, como é importante o
combate dia a dia contra o machismo, racismo e qualquer tipo de preconceito e
intolerância. É gratificante ajudar um grupo e trazer uma identidade visual
para que possa ser melhor reconhecido, e saber que com isso mais pessoas que
precisam desse apoio sejam alcançadas. Toda causa social precisa de apoio e
quanto mais pessoas envolvidas, maior será a transformação e a imensidão do
impacto na divulgação deste projeto. O projeto me trouxe mais conhecimento,
experiência e novas perspectivas sobre
diversos temas importantes de serem refletidos e debatidos”.
Mônica Aguiar e a Coordenadora do projeto prestança Tatiana |
Iagor integrante da equipe de designer gráfico: Desde o início do projeto me senti com um enorme prazer de
fazer um projeto para uma empresa que tem como foco a proteção das mulheres,
mais especificamente mulheres negras. Conheci a representante através de um dos
integrantes do grupo e durante a reunião com a mesma, logo percebi suas
intenções de ajudar as mulheres negras, seu comprometimento com o projeto e sua
relevância no país. Observamos a carência de uma identidade visual geral da
empresa, o que seria algo que a ajudaria atingir uma quantidade maior de
mulheres que precisam de ajuda. Durante uma das reuniões com a representante
percebemos alguns dos problemas que os designer erraram ao realizar algumas
peças para publicidade dando inclusive a ideia de racismo em projetos que
deveriam ser inclusivos. Particularmente estou ansioso para a entrega do
projeto e espero poder representar o projeto de forma grande para que elas
possam alcançar o maior número de mulheres possíveis.
A Direção também recebeu dos alunos patrocínios para confecções de parte dos materiais, que foram doados do Projeto Pretança da Una e Cj Produções Artísticas de Christiano junqueira .
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