Por Mônica Aguiar
Centenas de pessoas, de
diversas
partes do Brasil,
acompanharam neste
domingo (30), a Marcha
das Mulheres Negras
Com objetivo chamar a atenção
para o racismo, as desigualdades, discriminações, em prol do dia 25 de julho -
Dia de luta das Mulheres Negras, a orla de Copacabana, foi palco da III Caminhada
das mulheres negras que atuam em diversos seguimentos.
Defendendo igualdade de
acesso na educação com qualidade, saúde, trabalho, cobrando a falta de
implementação das políticas públicas para as mulheres negras do Rio e no Brasil,
bem como a perda das políticas e ações afirmativas desenvolvidas pelas SEPPIR -
Ministério de Promoção da Igualdade Racial, extinto no atual governo
Temer.
A data 25 de julho, como Dia da Mulher Negra Latino-Americana e
Caribenha, se tornou oficial no calendário do Estado por um esforço e luta das mulheres negras, e os
dez anos de instituição da Lei 5071/2007, deixa visível que esta conquista não se refletiu em
políticas públicas.
A mesma situação ocorre no
País, com a Lei nº 12.987/2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, como
o Dia Nacional de Tereza
de Benguela e da Mulher Negra. Nestes três (3) anos de existência da
Lei, com a troca de governos, agravou muito a situação socioeconômica das mulheres
negras, pela falta de investimento político e humano, o fim das ações de
combate ao racismo que eram referências mundiais, a situação econômica, política
e administrativa que se encontra o país que produz 14 milhões de
desempregados onde a maioria são mulheres negras.
Esta agenda tornou também palco
de protestos contra as reformas aprovadas pelo congresso do atual governo brasileiro.
O evento foi convocado pelo
Fórum de Mulheres Negras do Estado do Rio de Janeiro. A concentração teve
início às 10h, na altura do Posto 4, e terminou ás 17h na praia do Leme,
com a realização de uma feira de mulheres negras empreendedoras e roda de samba do grupo O Samba Brilha.
De acordo com dados divulgados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado,
entre 2005 e 2015, o porcentual de negros e negras universitários, saltou de
5,5% para 12,8%. No entanto, esse o crescimento positivo não é igual quando a
análise é a ocupação de vagas no mercado formal de trabalho. Mesmo mais
graduados, os negros continuam com baixa representatividade nas empresas.
Nas organizações, a
desigualdade entre brancos e negros aparece de forma gritante. Segundo dados de
uma pesquisa do Instituto Ethos, realizada no último ano, pessoas negras ocupam
apenas 6,3% de cargos na gerência e 4,7% no quadro executivo, embora
representem mais da metade da população brasileira.
Neste contexto, a presença de
mulheres negras, em comparação aos homens, é ainda mais desfavorável: elas
preenchem apenas 1,6% das posições na gerência e 0,4% no quadro executivo. A
situação só se inverte nas vagas de início de carreira ou com baixa exigência
de profissional, como em nível de aprendizes (57,5%) e trainees (58,2%).
Outro desafio das mulheres
negras é a disparidade salarial. Com os dados atualizados em outubro de 2016
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), baseados na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), pesquisados pelo Instituto Locomotiva em todo o país, revela que a renda média para
um homem branco com curso superior alcança R$ 6.590, caindo para R$ 3.915 para
a mulher branca na mesma condição. Já um homem negro com ensino superior ganha,
em média, R$ 4.730, contra R$ 2.870 de uma mulher negra também com escolaridade
superior. Isso representaria uma injeção de R$ 461 bilhões na economia
brasileira. Essa equiparação envolveria a ampliação dos salários das mulheres,
sem que os dos homens fossem diminuídos, revela presidente do Instituto na entrevista
de março de 2017 para Agência Brasil.
“A gente está aqui para fazer, pela terceira
vez, denúncia contra o racismo e o sexíssimo, que colocam as mulheres negras na
base da pirâmide do mercado de trabalho. A gente está aqui para mexer com esta
pirâmide. A gente está aqui para dizer ao capitalismo e ao machismo que, as
mulheres negras têm lugar nessa sociedade, historicamente, desde que o primeiro
navio negreiro aportou aqui”, disse a presidente do Centro de Tradições
Afro-Brasileiras (Cetrab), Dolores Lima.
"Queremos mais respeito,
mais dignidade. Nossa luta é pela igualdade, pelo respeito às mulheres negras.
A cada 24 horas, 13 mulheres negras são assassinadas neste País", disse
Eliana Custódio.
Exigimos medidas concretas para
garantir melhorias sustentáveis e promover nossa qualidade de vida. Essas
mudanças são fundamentais para o futuro das mulheres negras e toda a sociedade
brasileira - disse Clátia Vieira.
diversas partes do Brasil,
acompanharam neste
domingo (30), a Marcha
das Mulheres Negras
Outro desafio das mulheres negras é a disparidade salarial. Com os dados atualizados em outubro de 2016 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pesquisados pelo Instituto Locomotiva em todo o país, revela que a renda média para um homem branco com curso superior alcança R$ 6.590, caindo para R$ 3.915 para a mulher branca na mesma condição. Já um homem negro com ensino superior ganha, em média, R$ 4.730, contra R$ 2.870 de uma mulher negra também com escolaridade superior. Isso representaria uma injeção de R$ 461 bilhões na economia brasileira. Essa equiparação envolveria a ampliação dos salários das mulheres, sem que os dos homens fossem diminuídos, revela presidente do Instituto na entrevista de março de 2017 para Agência Brasil.
Um comentário:
Parabéns para todas mulheres negras, as que foram e aquelas que não puderam ir, mas estavam sendo representadas.
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