Por Mônica Aguiar
Colaboração:Mônica Cunha -RJ
A violação dos direitos humanos
da população negra, pobre e de periferia no Brasil e em outras partes do mundo é
tema de uma semana na mobilização do Julho Negro que começou dia (17), Rio de
Janeiro, vai ate sexta com (21), em diversos locais por toda cidade.
A agenda Julho Negro é uma
articulação das Mães e familiares vítimas da violência no Brasil, que
denunciam o genocídio negro e a injustiça racial, a violência em favelas e
periferias, a segurança pública, a violência e brutalidade policial, a violência
e omissão do Estado, mortalidade dos jovens negros, a
intolerância religiosa contra religiões de matrizes africana e o 25 de julho Dia
de Luta da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.
Este ano, o Movimento que vem crescendo, pretende ampliar
a articulação internacional de luta contra o racismo e a militarização das
vidas com a participação de mães e familiares vítimas da Palestina, do México e
da Associação de Haitianos do Brasil.
O Julho Negro é composto pela: Rede
de Comunidades e Movimento contra a Violência, as Mães de Maio de SP, o
Fórum Social e as Mães de Manguinhos, Movimento Moleque, as Mães
Vítimas da Chacina da Baixada com a adesão e apoio do Fala Akari, Campanha pela
liberdade de Rafael Braga, o Coletivo Papo Reto, União Social dos e das Imigrantes Haitianos, Fórum de
Juventudes RJ, Comitê Nacional Palestino, BDS, Ação Direta em Educação Popular,
Mangueiras, Fórum Grita Baixada e Centro dos Direitos Humanos da Diocese de
Nova Iguaçu, Museu da Maré, Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça da
época da ditadura militar, Movimento/campanha dos Estados Unidos "América Black Lives Matter" (Vidas
Negras Importam).
Nestes próximos dias de mobilização estão previstas panfletagens
contra o racismo, 25 de julho Dia Internacional de Luta da Mulher Negra Latina
e Caribenha com diálogos em locais específicos sobre os desafios
enfrentados pelas mulheres negras no país e homenagens às vítimas da Chacina da
Candelária, que completa 24 anos no próximo dia 23.
Hoje (18), às 16 horas acontecera um ato em frente à igreja, e no dia 21,
missa no mesmo local.
No ano passado, as discussões do Julho Negro, estavam
focadas com o aumento da violência policial durante os preparativos para os
Jogos Olímpicos. Na ocasião, o Julho Negro destacou o relatório da Anistia
Internacional Brasil e o Instituto de Segurança Pública (ISP), que os
homicídios cometidos pela polícia aumentaram em 135% em 2015. As estatísticas
demonstram que 75% das pessoas mortas pela polícia em 2015 eram homens negros.
Nos Estados Unidos, policiais são acusados frequentemente em histórias
envolvendo um homem negro desarmado sendo baleado por um policial branco. De lá
para cá, Dalva conta que nada mudou, que a violência só aumenta.
De acordo com a Anistia Internacional Brasil e o Instituto
de Segurança Pública (ISP) divulgados em 2016, os homicídios cometidos pela
polícia aumentaram em 135% em 2015. As estatísticas demonstram que 75% das
pessoas mortas pela polícia em 2015 eram homens negros.
De acordo com Dados da Polícia
Civil 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas no Rio, no período de
Janeiro até 2 de julho de 2017, uma média de 3,4 casos por dia no estado. Desse
total, pelo menos 67 morreram.
CONFIRA A AGENDA
Dia 18/07 -16h00min - ato Contra a Chacina da Candelária Local
Candelária
19/07: 18h30min - Roda de Conversa – “Masculinidade e as Opressões do Machismo”
Local IBASE (Rua Senador Dantas 40 – Centro)
20/07: 18h00min - Vigília pela
Chacina da Candelária
Local Candelária
18:30min: Lançamento - Baixada Fluminense no Encontro “Pra além dos
Dados”“ do Atlas da Violência 2017 com presença do IPEA e Anistia
Internacional.
Local Igreja Nossa senhora de Fátima
e São Jorge (Rua Getúlio Vargas, 220- Centro Nova Iguaçu )
21/07:
09h00min - Missa da
Candelária
13h30min: Lançamento do Livro
Biografia de Mahommah Gardo Baquaqua: “Um Nativo de Zoogoo no interior da África”.
Local – Museu da Maré ( Av. Guilherme
Maxwel,26-Maré)
14h30min: Roda de conversa “Encarceramento
com Campanha Pela Liberdade de Rafael Braga”
Associação de Familiares de
Presos (AFAP)
Eu sou Eu, Reflexo de Uma Vida
na Prisão local Museu da Maré
Local ( Av.Guilherme
Maxwel,26-Maré)
18h00min : Festival de Cinema
Dona Jane Camilo ( homenagem a Dona Jane Camilo) Mulher preta, guerreira,
militante fundadora do Fórum Social de Manguinhos, participante de vários
espaços de lutas e controle social .
Local Biblioteca Parque da
Favela de Manguinhos(Av. Dom Helder Câmara, 1184- Manguinhos)
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