Camila Pitanga |
Atriz reforça a estratégia “Mulheres Negras Rumo
a um Planeta 50-50 em 2030” da ONU Mulheres Brasil, para visibilidade das
afro-brasileiras como um dos grupos prioritários da Agenda 2030 de
Desenvolvimento Sustentável e da Década Internacional de Afrodescendentes.
Taís
se soma ao grupo de mulheres públicas vinculadas à ONU Mulheres Brasil:
embaixadora Camila Pitanga e defensoras dos Direitos das Mulheres Negras, Kenia
Maria, e para a Prevenção e a Eliminação da Violência, Juliana Paes
Por ocasião do período de mobilização do
movimento de mulheres negras em decorrência do 25 de Julho, Dia da Mulher
Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora –, a ONU Mulheres Brasil
nomeou Taís Araújo como defensora dos Direitos das Mulheres Negras.
Kênia Maria |
A atriz passou a apoiar a
visibilidade das mulheres negras como um dos grupos prioritários do Plano de
Trabalho da ONU Brasil para a Década Internacional de Afrodescendentes, alinhado
com o princípio de não deixar ninguém para trás, focando nos grupos em situação
de maior vulnerabilidade, preconizado na Agenda 2030 e nos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ressaltado no Marco de Parceria para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021.
Estes princípios estão aglutinados na estratégia de comunicação da ONU Mulheres
Brasil Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030.
A estratégia já conta com o apoio de Kenia Maria, defensora dos Direitos das Mulheres Negras, em
plena atuação pública desde a sua nomeação, ocorrida no Dia Internacional pela
Eliminação da Discriminação Racial, em março deste ano.
Tais Araujo |
Há um ano, Taís Araújo vem colaborando com o mandato da ONU
Mulheres, especialmente na visibilidade das mulheres negras. Em julho de 2016,
respondeu ao desafio “Que mulher negra é um exemplo para você?”, mobilizando
seguidoras e seguidores de suas redes sociais, para a ação de comunicação
desenvolvida pela ONU Mulheres e pela Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).
Em fevereiro de 2017, apoiou a campanha de mobilização de recursos do Instituto
Maria da Penha. E, em março passado, participou da ciranda virtual Planeta 50-50, ação digital da ONU Mulheres
para o reconhecimento do trabalho de ativistas brasileiras em defesa do
empoderamento das mulheres e da igualdade de gênero no Dia Internacional da
Mulher – #8M.
Na sua primeira declaração como defensora dos Direitos das
Mulheres Negras da ONU Mulheres Brasil, Taís Araújo, disse: “Estou muito
emocionada e honrada com esse convite. Quero usar a minha voz e falar de forma
abrangente para que eu possa agregar as mulheres negras, as mulheres brancas e
também as indígenas. Apenas com a união de todas as mulheres e, importantíssimo
dizer, dos homens, poderemos caminhar por uma sociedade igualitária”.
Ao se referir ao marco de transformação da Agenda 2030, Taís
frisou a importância de mobilizar a sociedade civil para o cumprimento dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “A transformação é um objetivo na
minha vida. E se a gente tem uma data, até 2030, eu já me agarro a uma data
concreta. Isso faz com que eu tenha, cada vez mais, empenho. Uma organização
como a ONU Mulheres me deixa muito confortável em saber que não estou sozinha,
que tem uma série de pessoas, não só aqui no Brasil, mas no mundo inteiro que
estão pensando o que estou pensando”, apontou.
Juliana Paes |
Taís Araújo compreende o sentido da urgência em acelerar os
esforços políticos e sociais para promover a igualdade de gênero e raça. “Daqui
para 2030, são 13 anos. De fato, é urgente e é possível, se a gente conseguir,
nesses 13 anos, elucidar as pessoas, fazer com que as mulheres negras saibam a
potência que são. Eu acho que realmente o que falta é a consciência de que o poder
econômico é importante e que podemos usar de maneira inteligente para os passos
que a humanidade precisa dar. Esse país é feito por nós. Esse mundo é feito por
nós”, considerou a defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres
Brasil.
Planeta 50-50 – As mulheres
negras no Brasil são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem,
em média, 58,2% da renda das mulheres brancas, de acordo com os dados de 2015
extraídos do Retrato
das Desigualdades de Gênero e Raça.
Em cada três mulheres presas, duas são
negras num total de 37, 8 mil detentas – quantidade que se elevou em 545%,
entre 2000 e 2015, de acordo o Infopen Mulher.
E entre 2003 a 2013, houve um aumento de 54% no número de assassinatos de mulheres enquanto
houve redução em 10% na quantidade de assassinatos de mulheres brancas.
No
quadro diretivo das maiores empresas no Brasil, as negras são apenas 0,4% das executivas – apenas duas
num total de 548 executivos e executivas.
Em 2015, a ONU Mulheres apoiou a realização da Marcha das
Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver. Na ocasião, a
subsecretária geral da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres, a
sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka, presente à manifestação de 2015,
declarou:
“No meu país, na África do Sul, as mulheres são fortes e poderosas. E
vejo que aqui no Brasil mulheres negras poderosas e fortes. Na África do Sul,
as mulheres estavam à frente na luta contra o apartheid. E aqui no Brasil, as
mulheres negras estão à frente da luta contra o racismo”.
Mulheres públicas pela igualdade de gênero –
Taís Araújo, defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres Brasil,
se soma ao grupo de mulheres públicas em favor da igualdade de gênero no
Brasil, composto por Camila Pitanga, embaixadora da ONU Mulheres Brasil; Kenia Maria, defensora dos Direitos das Mulheres Negras;
e Juliana Paes, defensora para a Prevenção e a Eliminação da
Violência contra as Mulheres.
Fontes:ONUmulher/Ag.Patricia Galvão
Um comentário:
Merecido essa nomeação da Thais Araújo, junto à ONU, meus parabéns.
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