O Parlamento da Síria confirmou hoje a inscrição de quatro candidatos para a eleição presidencial no país, chegando a seis o número de postulantes que devem tentar suceder o ditador Bashar al-Assad.
Assad, cuja família está no poder há 40 anos e controla o país há 12, ainda não apresentou sua candidatura. Dentre os quatro postulantes confirmados hoje, está uma mulher. Susan Omar al-Haddad é engenheira e natural de Latakia, no litoral sírio.
Além dela, foram inscritos o engenheiro Mohammed Firas Rayuh, o professor de direito internacional Samir Ahmed Meala e o assessor de organizações internacionais Abdelsalam Yusef Salma.
Já haviam se registrado o ex-ministro Hasan Abdallah al-Nuri e o deputado Maher Abdel Hafez Hayar, membro da oposição autorizada. Espera-se que os seis tentem derrotar o ditador Bashar al-Assad, que tenta o terceiro mandato.
Esta será a primeira eleição em décadas com grande número de candidatos. Porém, os postulantes devem ser sírios com pais nascidos na Síria, não devem ter antecedentes criminais e dupla nacionalidade, não podem estar casados com estrangeiros e devem estar morando a pelo menos dez anos consecutivos no país.
Todas essas exigências fazem com que os principais integrantes da oposição que combate contra o regime na guerra civil no país sejam inelegíveis. Por essa razão, eles não reconhecem o pleito, assim como Estados Unidos, França e Reino Unido, seus principais aliados.
O pleito não deverá dar fim à violência no país, que já deixou 150 mil mortos em mais de três anos. Hoje, pelo menos 21 pessoas morreram e 50 ficaram feridas em bombardeios de grupos rebeldes a bairros controlados pelo regime em Aleppo, no norte sírio.
Fontes : Bemparana/Folha SP
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