A mulher tem ao longo das
ultimas décadas conquistado maior participação
no trabalho ganhando mais espaço na sociedade de forma geral. Mas as desigualdades entre
homens e mulheres continuam sendo elevada em todo o planeta.
No Brasil as desigualdades salariais entre homens e mulheres diminuíram timidamente no ano de 2018 em comparação com 2017.
As mulheres já marcam presença
em grande escala nas empresas, mas a maioria ocupam cargos de baixa hierarquia,
onde a tomada de decisão é restrita aos homens.
Neste ritmo as desigualdades entre homens e mulheres na maioria das áreas não serão eliminadas antes de pelo menos 108 anos. E também levará 202 anos para reduzir a diferença no trabalho.
O Fórum Econômico Mundial divulgou um relatório sobre a desigualdade
salarial, já que a dessemelhança com base no gênero continua
a ser uma realidade.
Segundo os dados divulgados pela organização, serão
necessários 202 anos para alcançar uma plena igualdade nas
oportunidades econômicas entre homens e mulheres.
Na Europa Ocidental, parte
do continente onde Portugal está inserido, serão necessários 61 anos para
que a igualdade de gênero seja consagrada. Segundo o relatório sobre Desigualdade
de Gênero, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o território
português caiu quatro posições, quando comparado com o ano passado, surgindo
agora no 37.º lugar no ranking mundial, entre 149 países.
O estudo anual foca-se na
análise de fatores como o empoderamento político, a igualdade
salarial e os acessos aos serviços de saúde e de educação.
Observações feitas, concluiu-se que a Islândia é o país que
mais promove a igualdade
de gênero, voltando a ocupar o lugar do pódio pela
décima vez consecutiva. Em segundo lugar, surge a Noruega, seguida pela Suécia, Finlândia, Filipinas, Irlanda, Nicarágua,
Ruanda e Namíbia.
A desigualdade
salarial continua a ser considerada um dos campos mais
preocupantes. Segundo o relatório, a nível global, seriam precisos 202 anos –
de debates acesos e medidas políticas – para alcançar a plena igualdade
nas oportunidades econômicas, entre ambos os gêneros. Tendo em conta a análise
deste setor, Portugal surge com uma das piores posições, ocupando o
lugar 103 em 149 lugares.
A análise mais recente do Gabinete de Estratégia e
Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (GEP-MTSSS),
relativa ao ano de 2016, revelou que os salários médios das mulheres
portuguesas são 15,8% inferiores aos dos homens. Em terras lusitanas, neste
momento, as mulheres, para ganharem tanto quanto os homens, precisariam
de trabalhar quase dois meses mais (58
dias) do que eles, representando uma diferença salarial
de cerca de 160 euros mensais.
O contraste entre
gêneros fica mais carregado quando o assunto analisado é
a política. Nos últimos 50 anos, o tempo médio
de atividade de uma mulher, como primeira-ministra ou chefe de
Estado, foram essencialmente de dois anos. Segundo a análise,
em 149 países,existem apenas 17 mulheres a desempenharem cargos de
chefia estatal ou governamental.
O documento, elaborado pelo
Fórum Econômico Mundial, revelou ainda que, entre todos os dirigentes
mundiais, somente 34% são mulheres. Neste campo, o
panorama agrava-se em países do Médio Oriente e do Norte
de África. Para que a igualdade política seja
consolidada, serão necessários 107 anos.
O setor da educação é o que
mais tem progredido: a desigualdade de gênero tem vindo a diminuir
no acesso. Tendo em conta o balanço elaborado, é necessário apenas que seja
ultrapassada uma margem mínima de 5% para que a equidade plena seja
conquistada. Simplificando: serão precisos 14 anos para erradicar as
desigualdades na educação, a nível global.
A mesma evolução tem-se
feito sentir no setor da saúde. Neste campo, a maioria dos
países tem conseguido igualar as oportunidades para homens e para
mulheres. Segundo o Fórum Econômico Mundial, em 2018, registaram-se
mais progressos do que retrocessos em relação à igualdade de gêneros. No
entanto, ainda existe um longo caminho a ser percorrido.
O relatório anual sobre paridade examina a situação em 149 países em quatro setores: educação, saúde, política e o mundo do trabalho. O Brasil caiu 5 posições no ranking de 2018 na comparação com o ano passado, e ficou na 95ª posição.
Fontes e trechos : Conexaolusofona/ G1
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