Imagem da Marcha em 2015 |
Encontro foi marcado com
propostas de desenvolver políticas públicas para mulheres negras
"A abolição não concluída
e suas consequências para as mulheres negras". Esse é o tema da audiência
pública promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) , na sala 316 do Palácio
Tiradentes , nesta sexta-feira (8/06).
Entre as presentes houve
unanimidade quanto à urgência de formulação de políticas públicas voltadas para
mulheres negras e á manutenção de equipamentos públicos já existentes, além do fortalecimento do Fórum de Diálogo das
Mulheres da Alerj e a reativação do Prêmio Mulher Negra Latino-americana e
Caribenha entregue pela Casa.
A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), presidente
da Comissão de Direitos da Mulher informou que solicitará uma reunião com o
secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos para discutir o
fechamento da Casa da Mulher de Manguinhos e um outro centro na Baixada
Fluminense.
“Temos que discutir os
problemas que, por séculos, as acompanham, como a violência e o racismo
praticado institucionalmente, nas universidades, no sistema de saúde, nos
hospitais psiquiátricos e nos presídios”, afirma a parlamentar.
“Essa parcela da população está abaixo de
todas as pirâmides sociais. Não há como comemorar 130 anos da abolição se ainda
não temos os mesmos direitos. Somos iguais apenas no papel, na prática, somos
discriminadas. O Estado Brasileiro continua a nos matar. Quando falamos de
violência e pobreza no país, essas questões têm um rosto: o da mulher negra”,
apontou Cláudia Vitalino, presidente da União de Negros e Negras pela Igualdade.
O Fórum Estadual de Mulheres
Negras do Rio de Janeiro (FEMN/RJ) foi criado no final dos anos 80 do século
passado como decorrência do processo de mobilização na realização do I Encontro
Nacional de Mulheres Negras que aconteceu em Valença (RJ), em dezembro de 1988.
O FEMN/RJ nasceu tendo como objetivo constituir-se em um espaço democrático de
discussão e articulação política com o intuito de contribuir para o
fortalecimento institucional das mulheres negras organizadas em diversos
segmentos da sociedade civil. Desde então, o FEMN/RJ tem tido o compromisso de
dar visibilidade às conquistas coletivas das mulheres negras e, também, às
intervenções de enfrentamento às situações de discriminação racial e racismo
que fazem parte, delituosamente, do cotidiano das mulheres negras pelo país.
Fonte: Saogonçalo/ALERJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário