A atriz Erika Januza,
no ar em O Outro Lado do Paraíso, da Rede Globo, na
pele de Raquel, revelou que assim como sua personagem, também já sofreu com o
racismo na vida real.
Em entrevista a revista Quem,
Erika revelou que teve que se virar para driblar a infância e a adolescência
pobres e vencer na vida real. “Assim como a Raquel, penso antes de agir. Quando
quero um negócio também vou atrás. Sou obstinada”, comentou. “O fato de ser
atriz negra não me livra do preconceito diário”, completou.
“Ouvia que meu cabelo era ruim,
cabelo de Bombril. Por isso, assim que pude, comecei a alisar”, disse ela.
“Senti que a minha identidade mudou quando assumi meu cabelo crespo. Mudei por
fora, mas mudei mais internamente. Depois que deixei de alisar meu cabelo,
mudei minha visão de vida”, afirmou.
“Já tive relacionamento que a
pessoa falou: ‘Não vamos sair de casa. Não vamos andar de mãos dadas’. Até
entender depois que o problema era eu, demorou”, diz ela, recordando outra
situação que passou no Rio, onde mora há dois anos. “Há pouco tempo, no
trânsito, gritaram para mim: ‘Tinha que ser neguinha mesmo!’ Fiquei tão nervosa
que parei o carro. Não tive reação”, revelou.
Erika também falou sobre a
personagem “Recebi o convite do Walcyr [Carrasco, autor] para interpretar a
Raquel e fiquei felicíssima. Estava terminando de gravar Sol Nascente [em março
de 2017] e logo que me despedi da Júlia, já comecei outro processo de
preparação. Tínhamos ensaio de câmera e aulas de prosódia por causa do sotaque
do Tocantins, além de fonoaudióloga e trabalho de corpo. Ficamos quase um mês
nos preparando em conjunto. E fez toda a diferença! Muito do que aprendi levo
para a Raquel até hoje”.
Fonte: TVFOCO
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