quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"Agenda Angola" no marco da nova dinâmica das artes angolanas - Rosa Cruz e Silva

Roma- A exposição "Agenda Angola", a decorrer 

entre 22 de Janeiro a 23 de Fevereiro do corrente ano

no Museu Pigorini de Roma (Itália), representa a 

visão do Governo angolano que procura dar a 

conhecer as novas dinâmicas das artes de Angola, 

segundo afirma a ministra da Cultura, Rosa Cruz e 

Silva.

Na nota incluída no catálogo sobre a exposição, Rosa Cruz e Silva avança que, nesta perspectiva, o Executivo Angolano, através do Ministério da Cultura, associado aos seus parceiros estratégicos, está a desenvolver um vasto programa para a “Internacionalização da Cultura Angolana”, com vista a  colocar o país nos patamares mais altos, tendo em conta todo o seu capital humano  no domínio das artes.
“Este processo visa igualmente garantir um frutuoso intercâmbio de Angola com o resto do mundo, numa perspectiva que marca a sua contribuição para a Paz Mundial”, acresce a governante angolana.
 Segundo a ministra, prosseguindo este caminho, que dá vazão às artes e sobretudo aos seus principais criadores, cuja agenda está, a partida, preenchida de novos eventos que reclamam apenas o espaço de intervenção, a divulgação, fazê-los participar em eventos desta natureza, contribui seguramente para o crescendo do estímulo e confiança no seu trabalho.
“Chegados aqui, melhor se compreenderá a premência e a urgência de novas reflexões sobre o desenvolvimento das artes em Angola. O histórico deste contínuo exercício da produção cultural, revela que o itinerário seguido pelas várias gerações de criadores é dinâmico e vem produzindo sempre propostas inovadoras marcadas também elas pelo signo das referências do passado ancestral, mas que se renovam no ambiente de partilha de experiências, de conhecimento, de regras que se adequam aos tempos novos que fazem as obras de arte da modernidade”, reforçou.
Rosa Cruz e Silva avança ainda que os artistas angolanos prosseguem no seu permanente exercício de produção cultural, a sua linha, ainda que inovadora, recorrem sempre ao legado ancestral com que partem para o diálogo com o outro no mundo, trazendo por tal como resultados, obras que refletem, por um lado, as questões mundiais e locais, e por outro, a riqueza no valor que lhes conferem os seus observadores e críticos, pois sem medo de errar atingem de facto o belo e específico, deixando as marcas referenciais que os distinguem dos demais.
A responsável do pelouro cultural angolano considera que as artes são um instrumento fundamental para manter no diapasão da concórdia o diálogo que se impõe igual entre os pares.
“Somos a parte de um lugar que hoje aponta o horizonte do possível, para o mundo de amanhã, sendo algo da maior importância, não só para os angolanos, mas também para todos os cidadãos e homens do planeta. Hoje, atingimos também um lugar em que o contemporâneo alcança os seus contornos mundiais, para deixarmos de ser a periferia subdesenvolvida e nos tornarmos num ponto do policentrismo mundial e atingir uma legítima liderança das artes no mundo culturalmente diversificado que este século XXI traz consigo”, assevera.
A exposição é um diálogo entre as obras de Edson Chagas e as de Massongi Afonso “Afó”, Costa Andrade “Ndunduma”, Zan Andrade, Hildebrando De Melo, António Gonga, Jorge Gumbe, Paulo Jazz, Marco Kabenda, Sozinho Lopes, Sónia Lukene, João Mabuaka “Mayembe”, Guilherme Mampwya, António Ole, Vítor Teixeira “Viteix”, Fineza Teta “Fist”, António Toko, Francisco Van-Dúnem “Van”, Telmo Váz Pereira, Amândio Vemba, Landa Yeto.
Fonte :portalangop

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