Por Mônica Aguiar
O nome
da plataforma foi trocado, excluíram as administradoras, ficando fora do ar. Somente após investigação foi restabelecida.
A
plataforma no Facebook contra candidato a presidência no Brasil do PSL,“Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, com gigantesca
repercussão foi alvo de uma escalada de ataques cibernéticos, que vão desde a
mudança do nome do grupo, por nome um a favor
do candidato da ultradireita, ameaça direta às moderadoras e exclusão das
mesmas.
Na madrugada deste domingo, 16, o grupo, que
conta com mais de 2 milhões e 500 mil participantes mulheres, chegou a ficar fora do ar. No início da tarde deste domingo, o Facebook
informou que, após investigação, "o Grupo foi restaurado e devolvido às
administradoras”.
Desde
dia 14, sexta-feira, já se observava as
ofensas contra a mobilização. Neste dia, a administradora foi a principal afetada, chegando a ter suas contas
no Facebook e no WhatsApp invadidas.
De acordo com as organizadoras, os ataques
começaram por volta das 14h na sexta. Antes disso, moderadoras e
administradoras haviam recebido ameaças em suas contas no WhatsApp. Os
invasores exigiram que o grupo fosse extinto até às 24h de sexta-feira.
Os ataques foram também registrados através de diversas postagens no grupo com teor ofensivo contra as participantes.
A imagem de capa do grupo também foi alterada com as assinaturas 'Eduardo Shinok' e 'Felipe Shinok', supostos autores da invasão.
Os ataques foram também registrados através de diversas postagens no grupo com teor ofensivo contra as participantes.
A imagem de capa do grupo também foi alterada com as assinaturas 'Eduardo Shinok' e 'Felipe Shinok', supostos autores da invasão.
Em seguida, um perfil alterou o nome criando confusão
entre as participantes. Algumas pessoas passaram a recomendar a saída do grupo,
enquanto outras pediam calma e alertavam sobre o ataque.
Foto :Portal Catarinas |
A
ação criminosa acontece em um momento em que a rejeição do eleitorado feminino
ao candidato a presidente do (PSL) tenta
passar de uma mobilização massiva no Facebook para um ato nas ruas agendado
para próximo dia 29 de Setembro, Largo da Batata, em São Paulo e conta com 53 mil confirmações e outras 187.000
pessoas interessadas.
Outras manifestações estão sendo agendado em várias cidades no Brasil, Porto Alegre conta com 12 mil confirmações e 29 mil pessoas interessadas. Rio de Janeiro (Cinelândia), conta com 26 mil confirmações e 58 mil pessoas interessadas. As manifestações também foram convocadas em diversas capitais como Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) Fortaleza (CE), Belém (PA), Natal (RN), Recife (PE).
Outras manifestações estão sendo agendado em várias cidades no Brasil, Porto Alegre conta com 12 mil confirmações e 29 mil pessoas interessadas. Rio de Janeiro (Cinelândia), conta com 26 mil confirmações e 58 mil pessoas interessadas. As manifestações também foram convocadas em diversas capitais como Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) Fortaleza (CE), Belém (PA), Natal (RN), Recife (PE).
Na
última semana, os apoiadores do candidato empenharam esforços para tentar conter a onda das mulheres,
mas fracassaram em dar uma resposta feminina à altura. Este apoiadores e seguidores que o idolatram, também
tentaram reagir à mobilização de mulheres no Twitter.
Na última quarta-feira,
simpatizantes do deputado federal candidato e militar reformado, mantiveram uma campanha durante
algumas horas na lista de trending topics do Twitter, um ranking que destaca os
assuntos mais comentados da rede social. Porém os perfis foram identificados como
homens que protagonizaram a campanha em nome das mulheres.
Das
cinco principais autoridades engajadas na disseminação da hashtag, quatro eram
perfis identificados como homens.
A principal foi o perfil
identificado como Professor Igor, publicou mensagens com a hashtag
durante o período analisado. A principal delas continha uma provocação contra
grupos LGBT: "Quando a Globo diz que mulher não apoia Bolsonaro, ela está
se referindo ao Pablo Vittar?", ironizou, referindo-se à cantora.
Outros perfis foram identificado como:- Rodrigo Moller,
que se apresenta como "Quinto maior influenciador político do Twitter em
2016" e fundador do Movimento Brasil Conservador.
O próprio filho do presidenciável, do (PSL), candidato a Senador no Rio de Janeiro. O candidato também divulgou um
vídeo no qual um grupo de mulheres canta palavras de ordem favoráveis ao
militar da reserva.
INVASÃO É CRIME
Crimes
cibernéticos, um assunto que precisa estar presente e ser debatido no
cotidiano, mas que ainda é pouco discutido, e principalmente, são poucas pessoas
conhecem sabem a importância de entender
sobre esse assunto e manter a segurança para evitar invasão e
roubo de dados.
A
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado já havia em junho, alertado
para a intensificação de ataques pela internet durante o período eleitoral.
Centenas de mulheres de diversos movimentos tem realizado o debate sobre o uso da internet e práticas ciberativistas .
Em janeiro de 2017, por inciativa do CRIOLA, em parceria com a OXFAM Brasil, ativistas negras de todas as regiões do País, fundaram a Rede Nacional de Ciberativistas em Defesa das Mulheres Negras, que atua em defesa dos direitos das mulheres negras, buscando desencadear ações rápidas, através do ciberativismo, bem como potencializar estratégias de comunicação desenvolvidas por mulheres negras que contestem narrativas racistas e sexistas no âmbito online e offline. “Mulheres negras fortalecidas na luta contra o racismo e sexismo”.
O crime de invasão de
dispositivo informático consiste no fato de o agente “invadir dispositivo
informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante
violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular ...
A
recente Lei 12.737, de 30 de novembro
de 2012, publicada no DOU de 3 de dezembro do mesmo ano, tipificou um novo
crime denominado Invasão de Dispositivo Informático, previsto no art. 154-A,
do Código Penal, entrou em vigor em 3 de
abril de 2013.
A
pena variam de três meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa.
A
LEI ganhou o apelido de “Carolina Dieckmann”.
Fontes:ElPaís/Senado / CRIOLA/ #MUCNvive
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