quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A REJEIÇÃO DAS MULHERES TOMA FORMA NAS REDES SOCIAIS


Por Mônica Aguiar 

Grupo no Facebook alcança mais de 1 milhão de mulheres e  consegue 10.000 novas adesões  por minuto de eleitoras indignadas.
Elas pretendem  levar a insatisfação para as ruas.

A rejeição das mulheres ao candidato a presidente JB (PSL), se confirma nas  pesquisas e se  materializam nas redes sociais. "Mulheres unidas contra Bolsonaro" uma articulação que  já conta com mais de um milhão e quatrocentos mil participantes, e continua crescendo na velocidade de 10.000 novos membros por minuto.

Com objetivo de unir mulheres do Brasil  contra as práticas do racismo, machismo, misoginia todo tipo de preconceitos, defendidos pelo candidato a presidente do Brasil JB e seus seguidores, mulheres de todo Brasil resolveram se encontrar em uma plataforma social e se posicionar. 

O grupo exclusivamente de mulheres, deu inicio na quinta-feira, 30 de agosto, e  24 horas depois,  alcançava 600.000 participantes. 
Em uma ação politica e apartidária, as mulheres, lutam contra os retrocessos das  conquistas obtidas. 

O crescente crescimento do grupo se estende na proposta de uma manifestação pública, convocada para dia 29 de setembro, em São Paulo, já conta com 40.000 confirmações de mulheres.

Conforme as administradoras, a proposta é realizar uma grande manifestação em SP e atos similares em outras cidades do país.

Na plataforma sempre tem  postagens que  criticam a postura do candidato e suas bandeiras: como a flexibilização do acesso a armas, as declarações em relação à brecha salarial de gênero — o candidato acredita que a equiparação no sistema privado não é competência política do Estado e seu gabinete, conforme adiantou o Valor Econômico, paga menos às mulheres— e seus comentários incentiva a  violência contra as mulheres, além de ser desrespeitoso em seu cotidiano contra repórteres e mulheres  parlamentares.

A plataforma é composta por participantes que vai desde adolescentes até senhoras que, por lei, já não precisariam mais votar. O grupo se tornou um espaço livre e politico, de união e debates. descrição do Facebook  

A maioria das postagens, as usuárias desabafam sobre violência doméstica e relações abusivas. As mulheres trans se identificaram com a plataforma, em suas postagens, agradecem por terem encontrado um “espaço solidário”.

“Não somos favoráveis a nenhum tipo de violência ou discurso de ódio, queremos vencê-lo nas urnas".

As  organizadoras e participantes da plataforma na rede social não pretendem parar. Elas já consideram mudar o nome do grupo depois das eleições e se tornar um  grande espaço que promova rodas de conversas, divulgação das agendas, debates e outras ações em prol dos direitos e defesa das  mulheres.

Fotos: Divulgação Marchas de Mulheres Negras 

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