Por Mônica Aguiar
Será a primeira fez que a Olimpíada Internacional de
Matemática (IMO 2017), estreará uma premiação especial para mulheres, que passará a
fazer parte do calendário do evento.
Com representantes de 110 países, a olimpíada acontecerá de
17 a 23 de julho, no Rio de Janeiro e reúne estudantes do ensino
médio do mundo todo.
Sugerido pelo Instituto de
Matemática Pura e Aplicada (Impa), o Troféu IMPA Meninas Olímpicas vai premiar
as cinco estudantes que mais contribuírem com o resultado de suas equipes, com
o objetivo de incentivar a presença feminina na competição.
O diretor do IMPA, Marcelo Viana,
estima que cerca de 10% dos participantes da olimpíada sejam mulheres, patamar
próximo da realizada em 2016, quando 71 dos 602 competidores eram do sexo
feminino.
A delegação brasileira de 2017 é
formada apenas por homens, são seis no total, os nomes foram anunciados terça-feira (13).
O Brasil teve durante no seu
histórico de participação nas Olimpíadas, apenas seis
mulheres competindo na IMO: Leda Braga, em 1983; Maria Célia Paiva de Freitas,
em 1988; Fátima Luciana da Rocha, em 1992; Daniele Veras de Andrade, em 1998;
Larissa Cavalcanti Queiroz de Lima, em 2002 e 2003; e Deborah Barbosa Alves e Maria
Clara Mendes Silva 2011 e 2012.
Para o Diretor do IMPA. "Esse
é um processo que certamente vai demorar um tempo para evoluir, mas a gente tem
que agir, porque é um círculo vicioso. Se são poucos os exemplos para elas se
inspirarem, as garotas acham que aquilo não é para elas".
O pesquisador ainda diz que há pressão cultural contrária à presença de
mulheres na matemática, graças a uma ideia equivocada de que elas têm mais
inclinação para as ciências humanas. "É uma besteira que se perpetua,
então, a gente tem que atuar e acreditar que é um processo de médio e longo
prazo".
O número de mulheres na
competição ficou estabilizado entre 2011 e 2016, quando oscilou entre 57 e 51
participantes, com altas e baixas. A participação de 71 mulheres em 2016 foi o
recorde da competição, que teve no ano passado o maior número de competidores
da história. Com esses números, foram 11,8% de atletas mulheres disputando
medalhas.
Fontes: G1/EBC/
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