O casal de atores Kenia Maria e Érico Brás ganhou, em primeira instância, um processo que moveu contra a companhia
área Avianca, por racismo e danos morais. A companhia foi condenada a
indenizá-los em R$ 35 mil por causa do episódio de março de 2016.
O fato aconteceu durante um voo
que saiu de Salvador com destino ao Rio de Janeiro. Érico Brás e Kenia Maria foram expulsos da aeronave pelo comandante, que além promover insultos, acionou a polícia federal alegando que o casal
poderia ser uma ameaça para o voo.
"Achei uma decisão muito
justa e até representativa para ao nosso país. É importante ressaltar que
ganhamos essa causa porque tínhamos conhecimento da lei e por isso temos que
falar cada vez mais sobre os direitos e deveres de cada Cidadaão . falou Érico
Mesmo após a orientação do comissário a bordo para
que kenia Maria, colocasse sua bagagem
de mãos embaixo da poltrona, o Comandante achou no direto de insultar e tomar
atitudes injustificadas, nas rotinas cotidianas de segurança de voos que ocorrem independente da escolha da companhia aérea, procedendo
com a uma ação racista, que baseou a suspeita de ameaças a partir da cor do
casal .
Na sentença, a Avianca afirma
que o comandante retirou o ator do voo para não ocasionar mais atrasos e
prejudicar os demais passageiros. A empresa também sustenta que não há prova de
dano nos pertences de Kenia e que a retirada deles do voo não constitui
racismo. Porém, em protesto, sete
passageiros se recusaram a seguir viagem em apoio ao casal e também desceram do
voo.
"Revelo
que sinto um alívio pela humilhação que eu passei. Eu levo o debate racial para
escolas, universidades, rede sociais, TV e revistas, mas quando encaro o racismo
de frente, confesso que ainda fico apavorada, muda e não o seguro a vontade de
chorar. Não vou me adaptar nunca!", desabafou Kenia, que também é
defensora da ONU Mulheres pelos direitos das mulheres negras.
Kênia Maria é escritora e atriz , ganhou título neste ano de primeira defensora dos direitos das mulheres negras no mundo, concedido pela ONU Mulheres do Brasil. A nomeação coloca a artista no grupo de mulheres públicas em favor da igualdade de gênero no país e, como ela mesma define, é um reconhecimento de sua história. Em parceria com o marido Érico Brás — publica vídeos que, por meio da história de uma família, questiona a ausência dos negros na publicidade brasileira.
A ONU Mulheres abriu a frente para Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, onde tende a priorizar e atender a urgência de defesa e visibilidade das mulheres negra, na década dos afrodescendentes, que também faz parte da agenda da ONU.
Fonte:Uol/correiobrasiliense
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