Foto:Rede de Mulheres |
De acordo com o estudo,
são 81% as mulheres que consideram muito ou extremamente importante a igualdade
no mercado de trabalho, enquanto 73% dos homens têm a mesma opinião.
8 em cada 10 mulheres
querem municípios mais igualitários, aponta pesquisa Ibope/ONU Mulheres que
traz um inédito indicador de demanda por equidade de gênero nas cidades.
Condições de trabalho e salários, educação, participação política e espaços em
esferas de governo são bases para indicador desenvolvido no estudo.
Realizada no contexto
da Agenda Cidades
50-50: Todas e todos pela igualdade, a pesquisa apresenta informações
estratégicas sobre a importância das políticas públicas municipais para a
promoção da igualdade de gênero. Os resultados indicam o nível de prioridade
que os atuais prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras devem conferir a
diversas áreas avaliadas em nível macro e a partir de questões específicas.
O estudo mostra que 75%
dos brasileiros e brasileiras consideram de grande ou extrema importância que
gestores, gestoras, legisladores e legisladoras desenvolvam políticas de
promoção da igualdade entre mulheres e homens. Considerando-se apenas as
mulheres, esse número cresce para 78%, enquanto que entre os homens é de 71%.
Para chegar ao inédito
indicador de demanda por equidade de gênero nas cidades, as pessoas
entrevistadas responderam sobre que grau de importância vereadoras, vereadores,
prefeitas e prefeitos devem dar a três dimensões: mesmas oportunidades de
acesso e desenvolvimento na educação e na cultura; no mercado de trabalho e
mesmos salários; e de atuação nos partidos políticos e nos governos.
Para 77% são
muito/extremamente importantes políticas públicas que incentivem as mesmas
oportunidades de acesso e desenvolvimento na educação e na cultura. 78%
consideram muito ou extremamente importantes que as prefeituras e câmaras
municipais promovam políticas que incentivem o acesso de mulheres e homens as
mesmas oportunidades de trabalho e mesmos salários. E 69% consideram
muito/extremamente importantes que prefeitos/as, prefeitas, vereadoras e
vereadores promovam políticas visando assegurar oportunidades iguais de atuação
em partidos políticos e governos para mulheres e homens.
08 em cada 10 mulheres
querem cidades mais igualitárias – Se 3 em cada 4 brasileiros e brasileiras
consideram fundamental a construção de cidades mais igualitárias, a análise dos
dados segmentados por sexo evidencia como as mulheres tenderão a cobrar mais
reconhecimento e garantia de direitos às novas gestões das prefeituras e
legislativos municipais. A pesquisa indica que prefeitas, prefeitos, vereadoras
e vereadores devem olhar com muita atenção as demandas das mulheres, que têm
estado à frente de manifestações de rua, ocupações de escolas e são mais de
metade da força de trabalho no país. De acordo com o estudo, são 81% as
mulheres que consideram muito ou extremamente importante a igualdade no mercado
de trabalho, enquanto 73% dos homens têm a mesma opinião.
Os mesmos percentuais
(81% das mulheres e 73% dos homens) avaliam que o “acesso e desenvolvimento na
educação e na cultura” são muito/extremamente importantes na garantia de
igualdade de gênero.
E 72% das mulheres e
65% dos homens percebem como muito/extremamente importante o desenvolvimento de
políticas de incentivo à participação das mulheres em igualdade de condições e
oportunidades nos partidos políticos e governos.
Ao aplicar-se um
recorte por raça/cor, os números encontrados são semelhantes. Para 75% dos
brancos e brancas, 74% dos negros e negras (pretos, pretas e pardos e pardas) e
78% das pessoas que se autodeclaram de outra raça/cor (amarelos, amarelas e
indígenas, por exemplo) o desenvolvimento de políticas públicas de igualdade de
gênero tem muita/extrema importância.
Indicador inédito –
Além de conhecer o grau de importância e de urgência atribuído pela população a
políticas públicas municipais que assegurem igualdade às mulheres e homens,
pela primeira vez uma pesquisa de opinião apresenta um ‘indicador de demanda
por igualdade de gênero’.
O indicador é dado por
três dimensões de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade de
gênero: oportunidades e desenvolvimento na educação e na cultura; oportunidades
de acesso ao mercado de trabalho e aos mesmos salários; e possibilidades de
atuação em partidos políticos e nos governos.
Para a socióloga e especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão, “esse é um resultado da maior importância, que merece destaque, pois com todas as desigualdades historicamente consolidadas para pessoas com diferentes condições de raça e etnia no Brasil, a pesquisa demonstra que prevalece uma alta e homogênea demanda por igualdade de gênero. Em um país racista como o nosso, a desigualdade de gênero é uma preocupação importante para 3 em cada 4 brasileiros. Esse dado reforça a necessidade de debater e propor políticas para tornar as cidades mais igualitárias especialmente para as mulheres negras, que sofrem mais os efeitos das discriminações”.
Fátima Jordão, que é conselheira do Instituto Patrícia Galvão, explica que “quando não há diferenças entre os segmentos evidencia-se que o problema é de percepção generalizada. Logo essas questões ganham um peso político muito grande para prefeitos e vereadores se debruçarem”.
Metodologia da pesquisa -
2.002 entrevistas com homens e mulheres de 16 anos ou mais em 143 municípios,
com margem de erro de 2 pontos percentuais.
Campo realizado entre 16 e 20 de
fevereiro de 2017.
Cidades
50-50: é liderada pela ONU
Mulheres e conta com a parceria do Tribunal Superior Eleitoral, do Instituto
Patrícia Galvão – Mídia e Direitos e o Grupo de Pesquisa Demodê, da
Universidade de Brasília.
Fonte: ONUMULHERES/Ag.Pat. Galvão
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