O Festival Latinidades 2014, contará com a riquíssima presença da poetisa e antropóloga Shirley Campbell Barr. Nascida na Costa Rica, ela vem
de uma família de mulheres combativas e figura entre os grandes nomes
da literatura feminina negra da diáspora.
Sua poética, centrada na
figura da mulher negra, incorpora o repertório das múltiplas formas de
resistências afro-diaspóricas. Autoestima, resiliência, altivez e
identidade são noções facilmente acessadas em seus poemas publicados nos
livros Naciendo (1988), Rotundamente negra (1994) e Desde el principio
fue la mezcla (2007). No dia 23 de julho, teremos, pois, a oportunidade
de dialogar com as histórias dessa Griô da Diáspora Negra, que nos ajuda
a ampliar nossos horizontes para além dos limites impostos
pelas
fronteiras nacionais.
Criado em 2008. anualmente o projeto aborda temáticas que se
desdobram em oficinas e mesas de debate com especialistas de todo o
país, bem como convidadas/os internacionais. O resultado das
experiências e falas dessas/es especialistas resultam em uma
publicação-referência, disponível para download gratuito no espaço
Afrodigital.
A primeira atividade aconteceu na Casa Roxa, sede da Associação
Lésbica Feminista Corturno de Vênus, na Região Administrativa do Guará,
Distrito Federal.
Em
2009 foi realizado evento sob o tema Mulheres Negras na Comunicação, no
Sindicato dos Urbanitários do Brasil e na Praça Zumbi dos Palmares.
Em
2010, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea,
foi realizado na Esplanada dos Ministérios, no formato de três dias de
seminários e um de apresentações artísticas, sob o tema Censo, o qual
deu origem à publicação Latinidades – Censo e Políticas públicas para as
Mulheres Negras. A programação agregou desfile de moda baseado nas
vestimentas de santo, feira de afro-negócios, seminários e debates.
O tema do festival no ano de 2011 foi Mulheres Negras no Mercado de
Trabalho e também esteve inserido no contexto da programação da II
Conferência do Desenvolvimento – CODE, promovida pelo Instituto de
Pesquisa Econômica e Aplicada – Ipea.
Em
2012 o tema foi Juventude Negra, quando se reuniu, em uma semana,
cinquenta mil pessoas, dez shows, três performances teatrais, cinco
lançamentos literários, dois dias de Feira Preta com vinte stands de
cinco estados brasileiros e, ao final, a organização da publicação com o
mesmo tema.
2013
Arte e Cultura Negra – Memória Afro-descendente e Políticas Públicas
foi o tema que movimentou debates, palestras, recitais e lançamentos
literários e agregou, mais uma vez, cinquenta mil pessoas. A
participação internacional se intensificou, com a participação de
representantes de Cuba, Colômbia, Nigéria, Zimbabwe, África do Sul,
Estados Unidos, Congo, Holanda, Nicaragua e Inglaterra.
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