Por Mônica Aguiar
Evento
aconteceu no Hotel Tauá, em Caeté, região metropolitana de Belo
Horizonte, dias 28, 29 e 30 de agosto, reuniu em torno de 320 delegadas e delegados, representantes da sociedade
civil e gestores. Nesta, o seguimento de mulheres negras foram maioria das delegadas presentes, seguindo juventude ,
comunidades tradicionais e indígenas .
Avanços
para Mulheres Negras e juventude
Um
dos principais avanços desta conferência foi aprovação
no regulamento da obrigatoriedade de 50% de mulheres ( paridade) como
delegadas à nacional e 30% de juventude.
Em
um rico debate, garantida a defesa ao contraditório. Alguns
homens delegados, em nome do processo histórico, justificaram
por que não deveriam ocorrer a obrigatoriedade na paridade para
mulheres. Já as mulheres negras representadas pela jovem Daniela
Pinto da cidade de Juiz de Fora e Mônica Aguiar BH, realizaram a defesa da
paridade e da representação da juventude, argumentando sobre
oportunidades, igualdade, resgatando o histórico da
invisibilidade, respaldando o empoderamento e cidadania, promovendo assim nesta brilhante defesa aprovação com a ampla maioria de votos , garantindo a obrigatoriedade da paridade e 30% de jovens , modificando o
documento inicial do regulamento onde apenas orientava .
Outro
avanço foi apresentado na composição da mesa temática .
Coordenada por um homem e uma mulher negra: Jaime Eduardo Cohen
Aronis - Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial
CONEPIR e Mônica Aguiar Coordenadora do Centro de Referência
de Cultura da Mulher Negra de Minas Gerais e Fórum Estadual de
Mulheres Negras , ambos da Comissão Estadual.
Seguindo este feito, quatro(4) palestrantes sendo: dois(2) homens e duas (2) mulheres abordando os Arranjos Institucionais para assegurar a sustentabilidade das políticas de igualdade racial; a participação política e o controle social - igualdade racial nos espaços de decisão e mecanismos de participação da sociedade civil no monitoramento das políticas.
Das
21 mulheres negras da coordenação estadual do Fórum Estadual de
Mulheres Negras, estavam presentes como Delgadas: Mônica Aguiar BH,
Rita Suely e Raisa juventude Cataguases,
Mãe Rita Contagem , Conceição Leal, Vanesca Tomé e Marly
Anastásia Uberlândia, Enoia, Vera Flauzino e Zélia Lúcia de Juiz
de Fora. Marlucia Patrocinia Pompéu. Todas
com coordenação direta em seu municio ou no estado da Conferencia
de Promoção da Igualdade Racial.
A
IIIª Conferencia de Promoção da Igualdade Racial de Minas, contou
com presença da ministra Luíza Bairros e de Cleidson Júnior representando o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial. A ministra Luiz Bairros destacou
que o Sinapir
é a chave para efetivação das políticas de promoção da
igualdade racial.
O
Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) foi
instituído pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) como
forma de organizar e articular a execução de políticas e serviços
para a superação das desigualdades étnicas no país. Em fase de
implementação na SEPPIR, a ferramenta foi destacada no
pronunciamento que a ministra Luíza Bairros fez na última
no dia 30 de agosto.
“É
preciso que estabeleçamos uma cadeia de responsabilidades na
execução das iniciativas direcionadas à população negra, e isso
envolve a existência de órgãos estaduais e municipais de promoção
da igualdade racial, com autonomia administrativa, orçamentária e
financeira para fazer com que as nossas políticas cheguem à
população”, declarou a chefe da Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Luiza
Bairros.
Segundo
a ministra, a ênfase de trabalhar com a ideia do Sinapir parte da
concepção de que as políticas públicas bem-sucedidas no Brasil
são organizadas em torno de sistemas, a exemplo dos Sistemas de
Assistência Social e de Segurança Nutricional e Alimentar, além do
Sistema Único de Saúde, o SUS. Semelhante aos citados, o de
Promoção da Igualdade Racial envolve as três esferas de governo e
a sociedade civil de várias maneiras e, na opinião da ministra, dá
mais consistência para espaços como as conferências, que são
destinados ao diálogo entre governo e sociedade.
“Através
do sistema, entre outras coisas, conseguimos definir competências
entre as três esferas de governo, saber exatamente qual o papel de
cada um na execução de uma política”, explicou Luíza Bairros.
Para ela, a existência de iniciativas no plano federal direcionadas
aos diversos segmentos da população negra é insuficiente para
fazer com que as ações governamentais efetivamente alcancem as
pessoas.
Saudações
da
Ministra .
No
início do pronunciamento, a ministra saudou as delegadas e os
delegados destacando como responsáveis pelo resultado do trabalho da
III Conferência mineira. A Ministra saudou a mesa cumprimentando o Coordenador de Promoção da Igualdade Racial
Clever Machado e a Sub Secretaria de Direitos Humanos.
Luíza Bairros, ressaltou
a importância da representação legislativa na mesa bem como todos
seguimentos do movimentos de Minas Gerais. Afirmou que a composição da mesa dava “a dimensão das responsabilidades que os poderes
têm que compartilhar no processo de efetivação da política de
promoção da igualdade racial no Brasil”.
Problemáticas
No
primeiro dia na mesa de abertura da Conferencia Estadual, estiveram
presentes o Secretário Estadual de Direitos Humanos, o
Coordenador Estadual, a Sub Secretaria de Direitos Humanos,
Coordenadores de Promoção de Igualdade Racial Municiais , Coordenadora da Região Sudeste Vera Nice de Montes Claros e Presidente do Conselho Estadual Professor Ronaldo.
Sem o governo estadual cumprir com que foi deliberado pela Comissão Estadual:- garantia na mesa de abertura do dia (28), de mulheres representando os
grupos étnicos, além da homenagem que deveria ser realizada a
Conceição Leal, uma das poucas matriarcas do Movimento Negro,
várias mulheres dos seguimentos, Mulheres Negras, indígenas,
comunidades tradicionais, quilombolas e juventude,
se posicionaram na frente da mesa de abertura, em protesto ao não
cumprimento da deliberação, que para todas ali presentes tais
representações, apontam para o reconhecimento da contribuição
histórica das mulheres na construção da sociedade mineira dando
viabilidade da luta e organização das
mulheres no estado.
No
entanto, após este protesto silencioso de atenção, no segundo
dia, com a presença da Ministra Luiza Bairros, as mulheres
compuseram a mesa representando os seguimentos presentes, retratando
a responsabilidade e dialogo da SEPPIR com seguimentos históricos de
luta e responsabilidade no dialogo com a sociedade civil e com
movimento de mulheres em seus segmentos ali representados.
Um comentário:
Parabenizo a todos participantes, delegados e organizadores.
A conferencia de Minas Gerais contou com a participação de dois Conselheiros do CNPIr e que são membros da Comissão Organizadora: Dra Angela Gomes ( esta que escreve)e Cleverson. Em razão da reunião do MEC com as Universidades Negras dos Estados Unidos que ocorreu junto ao segundo dia da Conferencia e que a Dra. Angela era uma das participantes, esta conselheira deu suas contribuições no ultimo dia. Gostaria de parabenizar o evento, apenas lembrar que no relato da conferencia seria interessante comunicar que os conselheiros também estiveram presentes assim como o funcionario da SEPPIR> . Um abraço, Angela Gomes
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