domingo, 22 de setembro de 2013

Mulheres negras fazem intervenção em SP para discutir relações entre afetividade e gênero

Uma atividade gratuita reune pessoas para discutir a afetividade de mulheres negras. Feminismo, liberdade, amor, sexo e racismo foram alguns dos temas debatidos nesta sexta-feira (20), pelo coletivo teatral ‘Os Crespos’. Em pleno horário de pico, na praça da República, no centro de São Paulo, cinco atrizes do grupo reunirão  militantes do movimento independente Mães de Maio para fazer a intervenção. 

A ação faz parte da construção do projeto “Dos desmanches aos sonhos – poética em legítima defesa”. O objetivo, segundo o grupo, é investigar através de pesquisa artística o impacto da escravidão e as esferas das relações entre afetividade, negritude e gênero no Brasil. 
Dentro deste processo, o coletivo já realizou palestras públicas com o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, e com a psicóloga Clélia Prestes. Além disso, fez entrevistas com mulheres negras de diferentes classes, como ativistas, empreendedoras, donas de casa, mulheres do sistema prisional, sambistas e candomblecistas. 
O resultado das pesquisas e das intervenções servem como fonte para a criação de um novo espetáculo que tem previsão de estreia para novembro de  2013.

Sobre os Crespos
“Os Crespos” é um coletivo teatral de pesquisa cênica e áudio-visual, debates e intervenções públicas, composto por atores negros. Formo-se na Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP  e está em atividade desde 2005. O grupo constrói seu discurso poético a partir da pesquisa sobre a situação do negro brasileiro na sociedade contemporânea e seus desdobramentos históricos.
Quem é o Coletivo Mães de Maio
Grupo de mulheres que tiveram seus filhos executados desde 2006 e que tem na busca pela justiça seu principal objetivo. O grupo conquistou reconhecimento dentro e fora do Brasil por suas conquistas, como a extinção do termo “resistência seguida de morte” nos BOs das ações policiais de São Paulo, há muito tempo recomendada por entidades da área jurídica, por integrantes do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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