quinta-feira, 23 de abril de 2020

Do “comunavirus” as práticas racistas por representantes do governo Bolsonaro


Por Mônica Aguiar 

Afirmam as vozes das experiências de vidas, que não devemos dar ouvidos a que otários falam, mas neste caso....... Não!  
                                                                           
A cada dia ministros do Governo Federal fazem questão de demostrar publicamente ao mundo: a falta de competência técnica na gestão pública, a falta de conhecimento jurídico e histórico do Brasil, o seu antirrepublicanismo e aversão aos valores que formulam a democracia.

Algozes capazes de reproduzir publicamente e, sem o menor receio de qualquer punição legal o seu ódio e repugnância a identidade étnica/racial do povo de uma nação.  

E para safar das Leis, Tratados e Convenções que punem suas artimanhas peçonhentas, utilizam de interpretações literárias de outros, que com certeza compactuaram em sua época com o escravidão e com o genocídio de povos.

Os seguidores e adptos ao "fascio littorio". Totalitários de convicção, em pleno exercício desta ideologia.

Naturalizam a crise mundial de saúde, o sofrimento de um povo com teorias adversas à tudo que pode estar próximo, dar significado e plenitude com a coisa pública. 

A submissão e subserviência são as principais características dos atos destes seguidores de Mussolini. "Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado."

Por isto, se torna tão difícil enquadra-los como genocidas, defensores da pobreza extrema, do racismo, das desigualdades sociais, da xenofobia e intolerâncias correlatas.... 

O Ministro das Relações Exteriores, externou todo seu pensamento racista ao defender nesta quarta-feira (22/4), a ideia de que o mundo enfrenta o “comunavírus”, durante este período que a pandemia de Covid-19  atingiu mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, são os Governadores e prefeitos que tem feito praticamente sozinhos  ações diretas para enfrentar e diminuir os impactos da pandemia provocada pelo COVID19 .

Mas vem o Ministro de Relações Exteriores analisar partes de um livro do filósofo esloveno, Slavj Zizek afirmar: 

 “Não bastasse o Coronavírus, precisamos enfrentar também o Comunavírus” . 

Palavras como, democracia, solidariedade foram jogas nas linhas de seu “texto”, no seu Blog, com sentidos transfigurados para justificar a defesa pela implementação do totalitarismo.

Para o Ministro, as organizações internacionais que tem como princípios ações em defesa do acesso a saúde para todos os povos, que promovem “a melhoria da nutrição, habitação, saneamento, recreação, condições econômicas e de trabalho da população; estimulam a cooperação entre grupos científicos para que estudos na área de saúde avancem; fornecem informações a respeito de saúde; que realizar a classificação internacional das doenças (1)”, são responsáveis por difundirem os ideias comunistas em forma de solidariedade.

Os ministros deste Governo não cansam de provocar vexames internacional ao Brasil de cunho racista.

Primeiro o Ministro a Educação, insinuou que a China sairia “fortalecida” da crise atual causada pelo novo coronavírus, apoiada por seus “aliados no Brasil”, associando a origem da covid-19 ao país asiático.  

As falas foram publicadas no mesmo dia em que o cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Li Yang, assinou um artigo no jornal O Globo em que questionava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, sobre os motivos de suas declarações ofensivas ao país asiático.

Em resposta, a Embaixada da China afirmou ao Brasil que “…tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis…”

Lembrando que em 2013, o Brasil foi considerado pela ONU, exemplo para mundo, ao desenvolver políticas e ações de Promoção de Igualdade Racial, Leis e Estatutos de combate as discriminações baseadas na raça. (2)

Ontem, 22 de abril, um dia após ao dia que remete ao dia da morte do mineiro Tiradentes- Joaquim José da Silva Xavier, um dos líderes da Inconfidência Mineira, libertário e aboliocionista, foi a hora e vez do Diplomata do Brasil,  provar ao mundo o seu nível de concepção ideológica, política, o que pensam e tramam contra o povo.

Direcionada à  população negra e as mulheres, finaliza entre tantas linhas .....

“O vírus aparece, de fato, como imensa oportunidade para acelerar o projeto globalista. Este já se vinha executando por meio do climatismo ou alarmismo climático, da ideologia de gênero, do dogmatismo politicamente correto, do imigracionismo, do racialismo ou reorganização da sociedade pelo princípio da raça, do antinacionalismo, do cientificismo. São instrumentos eficientes, mas a pandemia, colocando indivíduos e sociedades diante do pânico da morte iminente, representa a exponencialização de todos eles”.

Tais práticas e ataques racistas agregadas as posição segregacionista estão sendo  estrategicamente publicada em redes pessoais, para não criar alardes e, não ser cobradas responsabilidades legais como atos de governo do Presidente Bolsonaro.

As políticas que foram desenvolvidas de gênero, raça ou outras específicas no Brasil ,foram  criadas no enfrentamento ao racismo e para consolidação da democracia.

Estamos no poço, o foço da base da pirâmide social.  

A coisificação, objetivação, hirpersexualização, estereótipos negativos, subalternização, restrições, violências, privações de direitos e  segregação são algumas das centenas de assimetrias historicamente apontadas pelo movimentos de mulheres negras. Impedem o exercício da cidadania.(3) 

Traduzem a prática da intolerância social e civil.

Tais atitudes, também são, calculadas e pensadas para disseminar e, doutrinar a sociedade sobre tudo o que este grupo abomina:  a democracia, o exercício da cidadania do povo negro e acesso do povo aos direitos fundamentais.

Qualquer medida ou proposta, escrita ou falada por um Gestor público, que entre linhas, e ou de forma direta nega os efeitos do racismo sobre as desigualdades sociais, vai na contramão de tudo que foi reconhecido como dever deste  Estado Democrático e de Direitos.  

Tais manifestações públicas, passaram da hora de ser analisadas e julgadas pelo Congresso e Supremo Tribunal Federal, são estimulo ao crime de lesa pátria.

África do Sul Nelson Mandela, símbolo da luta pacífica contra a segregação racial,  afirmou: 
“até o dia em que todas as pessoas percebam que a cor da pele de alguém é menos importante do que a cor de seus sonhos, temos que 
manter essa luta”.


  Referências e fontes: 

“(1) Como funções que podem ser atribuídas a OMS, citadas basilescolaUOL”. https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/organizacao-mundial-saude-oms.htm

Blog Mulher Negra/Correiobrasiliense/ OGlobo/ Estadodeminas/CartaCapital/ #RedesSociais 

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