A Sanepar (Companhia de
Saneamento do Paraná) abriu em Curitiba, a Exposição Ero Erê: Mulheres
Artistas, com obras de 7 artistas negras. São oito trabalhos, entre pinturas,
fotografias, assemblage e instalação têxtil.
A exposição marca as atividades
do Mês da Consciência Negra em novembro, vai até 28 de fevereiro de 2019. Simultaneamente, o Coletivo Ero Erê está com
exposições na sede da Secretaria de Estado da Educação e no Museu Paranaense.
A artista e curadora da
exposição Walkyria Novais, que trabalha na Coordenação de Museu e nos Centros
de Educação Socioambiental da Sanepar, afirma que as obras escolhidas além da
qualidade estética são resultado de uma pesquisa em arte. “O nosso grupo é
bastante diverso porque cada uma tem a sua ocupação profissional, mas somos
mulheres negras que temos a arte como foco em nossa vida”, afirmaa. Ela tem
formação em Artes e especialização em História da Arte e Curadoria. Walkyria
faz pintura com uso de tintas naturais e utiliza material reciclável, como
lonas e banners.
“Expor de forma coletiva
fortalece o nosso grupo e o nosso propósito de dar mais visibilidade a um
trabalho voltado à comunidade negra, às mulheres”, disse a jornalista e
fotógrafa Fernanda Castro. Com exposição em vários países, Fernanda Castro faz
vários registros fotográficos de mulheres, da cultura, religiosidade e comunidades
negras, como a exposição Comunidade Quilombolas do Paraná.
A artista Cláudia Lara já
participou de várias exposições coletivas e individuais no Paraná, São Paulo,
Paraíba, Portugal, França, Cuba, Nova York, México, Peru e Argentina. Já teve
obra premiada em primeiro lugar na “Exposition Biennale d’Art Contemporain
Brésilien Et Latino Américain”, em Paris.
Elis Brasil é graduanda em
Artes e desenvolve pesquisa sobre a invisibilidade artística e intelectual da
mulher negra na história da arte. Ela faz pintura, gravura e escultura e também
utiliza tecidos como suporte artístico.
Kênia Cristina tem a produção
focada na pintura da figura feminina negra sobre materiais rejeitados com um
olhar subjetivo e acolhedor sobre essas mulheres.
Lana Furtado trabalha com fotografia
de famílias, retratos femininos, paisagens, fotografia documental e autoral.
Ela desenvolve um projeto de fotografia com mulheres apenadas do Presídio
Feminino de Piraquara.
Lourdes Duarte, formada em
Artes Visuais, faz pinturas que buscam o resgate de memórias da infância. Tem
especialização em Arte Inclusão na Educação Especial.
A exposição está aberta ao
público, na Sala Engenheiro Tadeu Wantroba, na sede da Sanepar, Rua Engenheiro
Rebouças, 1376.
O horário de visitação é das 8h às 17, de segunda à
sexta-feira, até 28 de fevereiro.
Fonte:Bemparana
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