O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) deverá analisar hoje, terça-feira, 22, uma consulta formulada por um
grupo de deputadas e senadoras que querem a fixação de um patamar mínimo de 30%
do bilionário Fundo Especial de Financiamento de campanha para candidatas mulheres.
No dia 15 de março, o STF
determinou que pelo menos 30% do total de recursos do Fundo Partidário
destinado a campanhas eleitorais devem ser destinados às candidaturas femininas,
considerando que a legislação eleitoral prevê que os partidos devem reservar 30% de
vagas para mulheres.
As senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e
Lídice da Mata (PSB-BA) realizaram uma consulta no TSE sobre a distribuição de
recursos do fundo eleitoral, que será implantado pela primeira vez este ano. O
questionamento das Senadoras é, se o patamar legal mínimo é de 30% para candidaturas
femininas, também deve ser aplicado para a distribuição de recursos do FEFC e do
tempo na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Tanto o fundo partidário quanto
o fundo eleitoral são abastecidos com verbas públicas. O primeiro é destinado à
manutenção das siglas e pode ser usado nas eleições, enquanto o segundo é
exclusivo para as campanhas. A relatora da consulta é a ministra Rosa Weber.
As Senadoras estão promovendo o debate com várias instâncias e a sociedade sobre aplicação da mesma
regra no fundo eleitoral, para a propaganda em rádio e televisão.
REPRESENTATIVIDADE
De acordo com dados da edição
de junho em 2016, da pesquisa
Estatísticas de Eleitorado, publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as
mulheres somam 53% do total de eleitores no País.
A parcela que mais participou
no processo eleitoral em 2016, foi o grupo de mulheres entre 45 e 59 anos.
O Brasil tem menos representatividade
das mulheres como parlamentares, comparado a vários países, ocupando a 152ª posição no ranking de representatividade
feminina na Câmara dos Deputados.(Dados IBGE).
As mulheres ainda são minoria
no que se refere ao número de candidatos nas eleições do país. No pleito
municipal de 2016, elas corresponderam a apenas 31,89% do montante de 496.896
concorrentes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, totalizando apenas
158.453 candidatas.
Quanto à cor/raça, 84.319 candidatas disseram ser brancas. As concorrentes da cor parda totalizaram 59.587, seguidas das de cor preta, que corresponderam a 13.383 mulheres. Do total de candidatas, 691 informaram ser da cor amarela, e 473 da raça indígena.( fonte: TSE)
Considerando o número existente de eleitoras, o número de candidatas e eleitas, só demostram a incoerência e dificuldades existentes para participação da vida política no Brasil pela mulheres. Tais dados, possibilita, perceber, fraldes no processo de representação das candidatas e a falta de interesse politico dos partidos, para que as mulheres reproduzam de fato a representatividade do voto em representação no parlamento .
NoticiasUOL/TSENoticias/Camara
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