Quando uma mulher sofre violência no Brasil, é mais comum que
o agressor seja um conhecido do que um desconhecido. A constatação foi feita
pela Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O estudo mostra que 2,7% das mulheres maiores de 18 anos
foram agredidas por desconhecidos nos 12 meses anteriores ao questionário,
realizado em 2013. Quando o agressor é alguém conhecido da vítima, o índice
sobe para 3,1%. O oposto ocorre com o sexo masculino. Agressores desconhecidos
vitimaram 3,7% dos homens brasileiros maiores de idade, enquanto os conhecidos
foram responsáveis por 1,8%. Em números absolutos, agressores conhecidos
atacaram 2,4 milhões de mulheres e 1,2 milhão de homens nos 12 meses da
pesquisa. Já os desconhecidos agrediram 2,5 milhões de homens e 2 milhões de
mulheres. Os números são projetados para toda a população com base nos
resultados do questionário e têm um intervalo de confiança de 95%. Os números
variam de acordo com as regiões e estados. A violência contra mulheres por
parte de conhecidos é maior no Norte (3,9%) e no Sul (3,7%). O Rio Grande do
Norte é o estado que registra o maior índice de agressões, com 6,2%. O Mato
Grosso do Sul tem o menor percentual, 1,7%. Já a violência contra os homens por
parte de desconhecidos chega a 5,9% no Norte. O Pará apresenta o maior índice
(6,7%) e o Amazonas, 6,6%. No caso das mulheres, o maior percentual de
agressões é registrado no Amapá, com 5,7%. O total de brasileiros com mais de
18 anos agredidos por desconhecidos, no período de 12 meses, apurado pela
pesquisa foi 3,1%. No caso dos conhecidos, o índice ficou em 2,5%. As regiões
Norte, Nordeste e Sul têm as maiores proporções de agressões por conhecidos,
3,2% para a primeira e 3% para as demais. No Sudeste, o percentual é 2%, e no
Centro-Oeste 2,6%. Quando analisadas as agressões promovidas por desconhecidos,
o Norte mantém o primeiro lugar, com 5%. O Centro-Oeste aparece em segundo, com
3,4%, e o Nordeste, em terceiro, com 3,2%.
Segundo a pesquisa, 1,9% dos brasileiros foram
agredidos por bandido, ladrão ou assaltante nos 12 meses anteriores à pesquisa.
O índice de homens (2,1%) supera o das mulheres nesse tipo de violência (1,8%).
As agressões desse tipo foram mais comuns no Norte, com 3,8%. Em segundo lugar
aparece Nordeste, com 2%.Fonte: EBC/ IBGE
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