Nneka e a nova música africana
Em nosso último dia em Lagos encontramos, por acaso, em nosso hotel, uma jovem cantora que promete não deixar o legado do cantor Fela Kuti morrer. Trata-se de Nneka, que é considerada a Lauryn Hill africana por sua voz e engajamento político. A artista, que completa 29 anos em dezembro, além de fazer um som bem diversificado, tem também uma origem multicultural, pois seu pai é nigeriano e a mãe é alemã, apesar de afirmar que se considera "mais africana do que européia". Uma das causas que Nneka mais discute em sua música é o conflito na região do Delta do Níger- território que grupos guerrilheiros reivindicam a separação do resto do país. A artista é bastante engajadas na solução dos problemas que afetam o continente africano e em especial sua terra natal e cenário de seus clipes, a Nigéria, vitimada por anos de corrupção, miséria e descaso.
O som de Nneka é uma mistura de reggae, rap, jazz, funk, trip hop, soul e é claro, afrobeat - ritmo tipicamente nigeriano. Recentemente a cantora fez uma turnê com o cantor jamaicano e filho do rei do reagge, Damian Marley. Para a Copa do Mundo da África do Sul, Nneka gravou a música "Viva África" com objetivo celebrar o primeiro evento desse porte em solo africano. Nneka que tem um músico brasileiro na banda nunca veio ao Brasil, mas, segundo contou para nossa equipe, tem planos de realizar um show por aqui em breve.
Confira abaixo o clipe "Africans" e conheça mais sobre o trabalho de Nneka que representa a nova música africana (http://www.nnekaworld.com)
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