quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


HISTÓRIA DA MULHERES NEGRAS

Nos negras Brasileiras fomos esquecidas de ser citada na historia enquanto atoras  na construção da sociedade, mesmo atuantes ou  participantes diretas  de todo o processo de construção da sociedade e luta por uma sociedade livre do racismo, sexismo e preconceitos. Para isto foi lançado neste ano um livro que resgata a histórica participação da Mulher Negra nas lutas e organizações sociais. Hoje podemos citar uma relação de mulheres guerreiras históricas:




ADELINA
Escrava nascida no Maranhão, participou ativamente na campanha abolicionista da capital maranhense. Consciente de sua causa, Adelina passou a utilizar o seu trabalho para colaborar com os abolicionistas. Vendia charutos que seu pai fabricava e tinha, por esse motivo, fácil; acesso a todas as casas da cidade de São Luís.

ANASTÁCIA
São poucos os dados concretos sobre essa escrava negra, filha de uma princesa africana. A aldeia dessa princesa foi invadida pelos portugueses e um comerciante portugu6es engravidou-a à força, trazendo - a em seguida para o Brasil. Anastácia teria nascido durante a viagem entre a África e o Brasil. Princesa Anastácia, como era chamada, viveu algum tempo na Bahia, mas foi em Minas Gerias que ela passou a maior parte da sua vida, na fazenda de seu pai. Ajudando os escravos quando eram castigados, ou facilitando-lhes a fuga, de Anastácia ficou a imagem de uma mulher de grande beleza, personalidade forte, que tinha consciência da injustiça e crueldade da escravidão.
Um dos poucos fatos conhecidos da sua vida traz a marca dessa violência: durante dois anos foi obrigada a usar uma mordaça de ferro na boca, que era retirada apenas para se alimentar.

ANTONIETA DE BARROS
 Nasceu em 11 julho de 1.901, em Florianópolis (SC). Era filha de Catarina e Rodolfo de Barros. Órfã de pai, foi criada pela mãe. Depois dos estudos primários, ingressou na Escola Normal Catarinense. Antonieta teve que romper muitas barreiras para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres, e, mais ainda, para uma mulher negra. Nos anos 20, deu início às atividades de jornalista, criando e dirigindo em Florianópolis o jornal A Semana, mantido até 1927. Três anos depois, passou a dirigir o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Como educadora, fundou, logo após ter se diplomado no magistério, o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até sua morte. Lecionou, ainda, em Florianópolis, no Colégio Coração de Jesus, na Escola Normal Catarinense e no Colégio Dias Velho, do qual foi diretora no período de 1937 a 1945.

AQUALTUNE
Filha do Rei do Congo, a princesa foi vendida como escrava para o Brasil, em razão das rivalidades existente entre os diversos reinos africanos. Quando os Jagas invadiram o Congo, Aqualtune foi para a frente de batalha defender o reino, comandando um exército de 10 mil guerreiros. Quando os Jagas invadiram o Congo, Aqualtune foi para frente de batalha defender o reino, comandando um exército de 10 mil guerreiros. Derrotada, foi levada como escrava para um navio negreiro e desembarcada em Recife. Dentro do sistema aviltante em que foi colocada como prisioneira, foi obrigada a manter relações sexuais com um escravo, para fins de reprodução.

AUTA DE SOUZA
 Nasceu em 1876 em Macaíba, Rio Grande do Norte, de uma família próspera. Órfã de mãe aos dois anos de idade, e de pai, aos quatro, foi criada pela avó. Em 1887 foi matriculada no Colégio são Vicente de Paula, dirigido por religiosas francesas, onde aprendeu francês e leu os clássicos e os místicos. Em 1894, fundou o Clube do Biscoito, que promovia reuniões de poesia, jogos e danças, nas casas de seus associados. Escrevendo versos em Português e Francês, Auta, mesmo antes de completar 20 anos, colaborava na imprensa de seu Estado. Em 1901 publicou o livro “O Horto”, prefaciado por Olavo Bilac e muito elogiado pela crítica. Esse livro foi lido tanto pelos intelectuais como pela gente do povo, que transformou muito de seus versos em cantigas.
Auta de Souza morreu em 1901, com apenas 25 anos de idade.

BENEDITA DA SILVA – BENÊ
 Benedita da Silva nasceu no dia 11 de março de 1942 na favela da Praia do Pinto (RJ), de onde mudou-se, muito cedo, para o Morro do Chapéu Mangueira, no Leme, onde viveu durante 57 anos. Formada em Assistência Social e licenciada em Estudos Sociais, Bené é fundadora e primeira presidente do Departamento Feminino da favela Chapéu Mangueira, onde exerce também a função de professora na escola Comunitária local, no Rio de Janeiro.Em 1982 foi eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores - PT e foi líder do partido na Câmara. Como vereadora organizou o 1º e o 2º Encontro de Mulheres de Favelas e Periferia, que deu origem ao CEMUFP.
É conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e integrante da Comissão de defesa dos Direitos da Mulher no Estado do Rio de Janeiro. Em 15 de novembro de 86, Benedita da Silva, enfrentando sua tríplice discriminação (negra, mulher e pobre), se elege Deputada Federal Constituinte pelo PT do Rio. Em 01/02/87, Benedita da Silva tomou posse em Brasília com a única constituinte negra. Estava com dengue, doença típica da população pobre. Depois de reeleger-se em 1990, Benedita da Silva candidatou-se à Prefeitura do Rio de Janeiro. Venceu no primeiro turno, no entanto, perdeu no segundo para César Maia. Em 2001, presidiu a Conferência Nacional de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, que reuniu mais de dez mil pessoas de todo país, entre lideranças de ONGs e governos Em 1994, tornou-se a primeira mulher negra a ocupar uma vaga no Senado, com mais de 2,2 milhões de votos. Foi eleita vice-governadora do Rio de Janeiro em 1998 na chapa de Anthony Garotinho e assumiu o governo em abril, tornando-se a primeira mulher negra a governar um Estado brasileiro. Em 2003, no governo Lula, assumiu a Secretaria da Assistência e Promoção Social, com status de ministra, cargo que ocupou até janeiro de 2004, tornando-se a primeira mulher negra a atingir essa posição na política brasileira.

BRANDINA
Atuante no movimento abolicionista de Santos, na segunda metade do século passado, Brandina era proprietária de uma pensão na antiga rua setentrional, hoje Praça da República. Embora de origem humilde, usava o ganho do seu trabalho para dar comida, fumo e remédio aos negros que se refugiavam na Baixada Santista, colaborando ativamente com os cabos abolicionistas e com Santos Garrafão, que organizou um dos grandes quilombos de Santos: o Quilombo de Santos Garrafão.

CAROLINA MARIA DE JESUS
 Nasceu no interior de Minas Gerais, em 1914, numa família de 9 irmãos. Tendo que trabalhar para ajudar no sustento da casa, cursou apenas até o segundo ano primário.Mudou-se para São Paulo morando na favela do Canindé, garantia seu sustento e de seus três filhos catando papel. No meio desses papéis velhos, Carolina encontrou uma caderneta e passou a registrar, em forma de diário, o seu cotidiano de favelada. Descoberta por um jornalista, em 1960, teve seu diário publicado com o título “ Quarto de Despejo” , hoje em sua 10º edição.

CHICA DA SILVA - Francisca da Silva de Oliveira
A verdadeira história de Chica da Silva traça o perfil de uma mulher de personalidade e líder feminina, algo difícil em uma época marcada pela discriminação, primeiramente por ser mulher, e principalmente negra em um país escravocrata.

CLEMENTINA DE JESUS
 Nasceu em 07 de fevereiro de 1898 na cidade de Valença, interior do Rio de Janeiro. Mudou-se com a família para a capital do estado, radicando-se no bairro de Oswaldo Cruz. Lá acompanhou de perto o surgimento e desenvolvimento da escola de samba Portela, freqüentando desde cedo as rodas de samba da região. Em 1940 casou-se e mudou para a Mangueira. Trabalhou como doméstica por mais de 20 anos e, sem conseguir espaço para exercer sua arte, animava festinhas em casa de amigos. Somente aos 60 anos Clementina iniciou sua carreira como cantora profissional, enfrentando inúmeros obstáculos enquanto mulher, negra e pobre. "Descoberta" pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho em 1963, participou do show "Rosa de Ouro", que rodou algumas das capitais mais importantes do Brasil e virou disco pela Odeon, incluindo, entre outros, o jongo "Benguelê".

DONA ZICA (Eusébia Silva do Nascimento) (1913-2003)
Líder comunitária e símbolo da Escola de Samba estação Primeira de Mangueira.
Eusébia Silva do Nascimento nasceu em um domingo de carnaval, no subúrbio do Rio de Janeiro. Aos quatro anos de idade, Zica mudou-se com sua família para Mangueira. Depois de casada, lavava e passava para fora, até começar as trabalhar como tecelã em uma fábrica na Mangueira.

FRANCISCA
Em 1814 eclodiu uma das mais violentas insurreições de negros mulçumanos em Salvador. A base da insurreição eram as armações - estabelecimentos de pesca - e a idéia era sublevar os escravos que trabalhavam nesses locais, estendendo o movimento a todo Recôncavo Baiano.

FRANCISCA MARIA DA CONCEIÇÃO - CHICA BARROSA
Nasceu na Paraíba nos meados de 1910. Genial repentista negra, desafiou um homem branco, fazendeiro, Manuel Martins de Oliveira (Neco), também conhecido repentista, para um duelo na Fazenda São Gonçalo. Francisca e seu companheiro Francisco Cidade, ambos escravos, eram mencionados em papéis escritos em árabe, apreendidos pelas autoridades, como “Rainha” e “Rei”, e desempenharam o papel de coordenar o levante. A pretexto de custear os batuques, as danças de sua nação, Francisca e seu companheiro, coletavam dinheiro entre os escravos e percorrendo as armações e as povoações, articulavam a insurreição com os líderes desses lugares e sempre com o pretexto da dança faziam a intermediação entre o centro da cidade e as armações, para receber e transmitir instruções aos companheiros.

LAUDELINA DE CAMPOS MELO
 Nascida em Poços de Caldas (MG), tornou-se líder sindical no litoral de São Paulo, mais precisamente em Santos, onde se casou e teve seu único filho. Foi integrante da Frente Negra, que agrupava entidades com ideais políticos, sociais, sobretudo o aprimoramento cultural da população negra. No ano de 1936 foi criada uma associação para auxiliar empregada domésticas na busca de seus direitos, sendo esta presidida por Laudelina.

LUIZA MAHIN
Há controvérsias quanto ao local de nascimento de Luísa. Não se sabe se veio da África, como escrava, para a Bahia, ou se nasceu já em Salvador. Tornou-se livre por volta de 1812.
Pertencia à nação nagô-jeje, da tribo Mahin, e dizia ter sido princesa na África. Fez de sua casa quartel de todos os levantes escravos que abalaram a Bahia nas primeiras três décadas do século XIX.

MÃE ANINHA - EUGÊNIA ANA DOS SANTOS
Nasceu em 1869, filha de africanos da nação Gruncis. No candomblé era filha de Xangô e foi iniciada na casa de Bambochê, na nação Ketu. Mãe Aninha foi a figura mais ilustre nos candomblés daquele tempo. Reintroduziu, na Bahia, a tradição dos Obás ( 12 ministros de Xangô) e seu prestígio estendeu-se para além dos limites de Salvador, levando-a a viajar por outros estados, impondo sabedoria e autoridade.

MÃE MENININHA DO GANTOIS
Nascida em 10 de fevereiro de 1894 em Salvador, Bahia, Maria Escolástica da Conceição Nazaré era filha de descendentes africanos da Nigéria. Sua avó foi a fundadora do terreiro de Gantois, no início do século e sua tia - madrinha, a mãe - de - santo Pulquéria da Conceição foi quem a iniciou aos 8 anos apelidando-a "Menininha".

MÃE SENHORA
Maria Bibiana do Espírito Santo nasceu em 31 de março de 1900, n Ladeira da Praça em Salvador, descendente de uma tradicional família da nação Axé de Ketu. Iniciada em 1907 por Mãe Aninha, fundadora do Axé Opô Afonjá, mais tarde, em 1938, escolhida para sua sucessora nos encargos desse terreiro , com o título de Iyalaxé Opô Afonjá (mãe do Axé Opô Afonjá).

MARIA AUXILIADORA DA SILVA
Nasceu em 1935 na cidade mineira de Campo Belo, de uma família de 18 irmãos.
Filha de mãe, inicialmente lavadeira e depois escultora e pai ferroviário, mudou-se para São Paulo com a família, bordando para fora e trabalhando como empregada doméstica para ajudar no sustento. Maria Auxiliadora pintava desde menina, usando como tela as paredes da sua casa e tábuas. Com 32 anos passou a dedicar-se totalmente à pintura e desenvolveu uma técnica própria, moldando as figuras em gesso no próprio quadro e escrevendo o enredo nas pinturas. No início dos anos 70 expôs na Praça da República - SP e em Embu- SP e em seguida passou a figurar nas galerias.

MARIA BRANDÃO DOS REIS
Nasceu em 22 de julho de 1900, numa cidade mineira localizada na Chapada Diamantina. O traço sob o último sobrenome era uma exigência sua. Militante política ativa, foi influenciada pela passagem da Coluna Prestes por sua cidade e, interessada nas atividades do Partido Comunista, mudou-se para Salvador, montou uma pensão na Baixa do Sapateiro, transformando-a no seu reduto de militância.

MARIA FIRMINA DOS REIS
Nascida em São Luís do Maranhão, é considerada por alguns autores como a primeira romancista brasileira. Aos 22 anos, Maria Firmina prestou concurso público para professora em Guimarães, onde passa a colaborar na imprensa local com poesias e contos. Seu livro "Úrsula", de 1859, pode ser considerado como o primeiro romance abolicionista escrito por uma mulher no Brasil. Fez da literatura um instrumento de denúncia da escravidão, mostrando o quanto sua existência era contraditória com a fé cristã professada pela sociedade.

MARIA JOSÉ BEZERRA
Nasceu em dezembro de 1985, na cidade paulista de Limeira. Alistou-se em 1932 como enfermeira e, de fuzil na mão, combateu em Buri, Ligiana, Itararé, o que lhe valeu o apelido de "Maria Soldado". Embora escolhida como a "Mulher Símbolo" no Jubileu de Prata da revolução de 32, até o momento não foi possível recuperar-se com mais detalhes a participação de Maria bezerra nessa revolução.

MARIA PATRÍCIA FOGAÇA
Maria Patrícia foi uma mulher negra do povo, que se destacou por seu trabalho de parteira, na vida social da Baixada Santista.Nasceu em 1838, em Santos, filha de negros forros e teve como padrinho de batismo José Bonifácio dos Andradas. Exercendo a profissão de parteira numa época em que essa atividade era realizada apenas por mulheres brancas, Maria Patrícia teve que enfrentar uma enorme campanha de descrédito movia por suas concorrentes.

NA AGONTIMÉ
O relatório final do Colóquio da Unesco sobre as Sobrevivências das Tradições Africanas no Caribe e na América Latina, realizado em julho de 1985, em São Luís do Maranhão declara:
“A Casa das Minas foi fundada em São Luís do Maranhão, no Brasil, pela rainha Na Agontimé, mãe do rei Guezo do Daomé (atual Benin), condenada à deportação num acerto de contas no seio da família real antes que seu filho ascendesse ao trono em 1819”.

NAIR THEODORA DE ARAÚJO
Nasceu em 22 de junho de 1931, na cidade mineira de Dores do Indaiá, transferindo-se mais tarde para São Paulo.Cursou o Normal e optou pelo canto lírico em Conservatório Musical. Integrou os
corais Corbi e da Igreja metodista.Participou da organização do Teatro experimental do Negro de São Paulo e atuou no musical "O Cordão" e nas peças 'África", dirigida por Dalmo Ferreira, "Os Ossos do Barão", e "Veredas da Salvação", essa última sob a direção de Antunes Filho.
Participou da fase efervescente do Teatro de Arena e na criação e produção da peça "Arena canta Zumbi".

NEUMA GONÇALVES DA SILVA
 Nasceu em 8 de junho de 1922, no Rio de Janeiro, filha de Saturnino Gonçalves, primeiro presidente da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. É sócia número um da Mangueira e foi sua conselheira nata. Foi passista, presidente da Ala das Baianas e nos últimos anos desfilava como destaque. Fundou o Departamento Feminino da Mangueira onde continuou atuando com bastante vibração e energia.

RITA  MARIA
Filha de escravos, viveu na Ilha de Florianópolis, capital da então Província de Santa Catarina e residiu nas proximidades do Forte Santana, denominada Praia da Feira, onde se localizava o atracadouro das embarcações, vindas do continente para descarga e comercialização de mercadorias. Rita Maria cozinhava e lavava para comerciantes que passavam por ali.

Benzedeira e curandeira, gozava de muito prestígio junto à população, que chegou, inclusive, a batizar com seu nome o bairro em que ela morava.

ROSA MARIA EGIPCÍACA DA VERA CRUZ
Vinda da Costa da Mina, na África, Rosa chegou ao Rio de Janeiro em 1725, aos seis anos de idade. Comprada como escrava, aí permaneceu até aos 14 anos, quando foi vendida para Minas Gerais.
Em Vila da Inconfidência, foi escrava de ganho, na prostituição, até que um dia entrou em transe e julgaram-na possuída por um espírito maligno. Quando em transe nas igrejas, Rosa caía desmaiada no chão.

RAINHA TERESA DO QUARITERÊ
Líder quilombola do século XVIII não sabemos se era natural de Benguela, Angola ou se nasceu no Brasil. Para nós, mulheres negras, importa o exemplo de garra e competência na luta contra a opressão.O Quilombo do Quariterê em Cuiabá ficava próximo à fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Sob a liderança da Rainha Teresa, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas sobrevivendo até l.770.

TERESA BENGUELA EX-ESCRAVA,
Liderou por duas décadas, entre 1750 e 1770, um quilombo no Mato Grosso, em uma região chamada de Quaritetê, próximo do município hoje conhecido como Cuiabá. ão no movimento de mulheres feministas niamos uma pequena aparição.  Uma das mais curiosas personagens do livro é a ex-escrava Teresa Benguela, que liderou por duas décadas, entre 1750 e 1770, um quilombo no Mato Grosso, em uma região chamada de Quaritetê, próximo do município hoje conhecido como Cuiabá.”

TIA CIATA - HILÁRIA BATISTA DE ALMEIDA
Nasceu em Salvador, em 1854. Filha de Oxum, no Candomblé, foi iniciada nos preceitos do santo casa de Bambochê, na nação Ketu. Aos 22 anos e com uma filha, mudou-se para o Rio de Janeiro, formando nova família e continuando os preceitos na casa de João Alabá, tornando-se Mãe- Pequena. Tia Ciata era muito respeitada pelos seus conhecimentos de religião e não deixava de comemorar, em sua casa, as festas dos Orixás quando, depois da cerimônia, armava pagode.

Fonte: Cartilha “Mulher Negra tem História”Alzira Rufino, Nilza Iraci, Maria Rosa, 1987.

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