por Mônica
Aguiar
Em votação simbólica
a Câmara dos Deputados aprovou ontem (22), a PL 1943/2019, de autoria da
deputada federal Professora Rosa Neide PT-MT, que altera o art. 373-A da
Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre campanha de divulgação de
igualdade de direitos trabalhistas entre homens e mulheres, bem como estabelece
mecanismos educativos e informativos, nos termos exigidos pelos arts. 1º, III,
3º, I, III e IV, 5º, caput e I, 220 e 221, I e IV, todos da Constituição
Federal.
O texto determina que as campanhas publicitárias dos órgãos públicos valorize a responsabilidade compartilhada do trabalho doméstico remunerado ou não, e, as responsabilidades no âmbito familiar.
mulheres, especialmente quanto aos aspectos do direito do trabalho, está muito bem resguardada na legislação brasileira, tanto em nível constitucional quanto na legislação ordinária. Contudo, mesmo diante de um marco legal exemplar em defesa da igualdade de gênero, verificamos que, na prática, ainda persiste uma situação de clara discriminação das mulheres no mundo do trabalho”. Afirma Deputada Rosa Neide entre as justificativas apresentada na PL.
As mensagens
inseridas em destaque e de forma legível através de tarjas, advertirá para as normas
constitucionais relacionadas à igualdade de direitos entre homens e mulheres,
no caso de anúncios veiculados por meio de mídia impressa, de páginas na
internet, de emissoras de televisão ou de outras mídias visuais ou
audiovisuais. No caso de mensagens veiculadas por meio de emissoras de rádio, o
áudio deve ser de “fácil captação”.
Ao longo da história,
a publicidade propagou a imagem das mulheres aos diferentes papéis de opressão
social. Dos corpos que estão dentro dos padrões sociais de beleza e estética em
sua ampla maioria modelos eurocêntricos a destinação exclusiva de papéis
domésticos, dona de casa exemplar e servil. Um simples objeto complementar nas
imagens para consumo de produtos considerados como certos e direcionados ao público
masculino.
Várias campanhas
publicitárias ainda reforçam que funções domésticas devam ser destinadas às
mulheres e, em especial as mulheres negras.
E mesmo com a mulher
cumprindo diferentes papeis na atual sociedade, ainda, existem propagandas que
desvalorizam a força de trabalho das mulheres e seu fundamental papel em toda
cadeia do sistema econômico e social, para toda a sociedade.
São várias campanhas
publicitárias que ainda desqualificam as mulheres e reforçam estereótipos,
contribuindo com o aumento de violência doméstica, sexual e com todas as
desigualdades existentes.
Esta nova redação
trará possiblidades para reflexão e reeducação na concepção formada de não
valorização da mão de obra e da predestinação preconceituosa de qual
o papel deve ser desempenhado por uma mulher.
O texto agora segue
par análise do Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário