As mulheres estão mais pessimistas e menos confiantes que os
homens em relação ao futuro, mostram os resultados do IDC (Índice Datafolha de
Confiança).
Separado por gênero, o índice revelaria que os homens estão
levemente otimistas: o resultado seria 105, acima dos 100 pontos (que indicam
neutralidade) e 8 pontos acima da média da população.
Já as mulheres estão
claramente pessimistas, somando apenas 89 pontos.
A diferença é significativa em todos os itens pesquisados
para a composição do índice.
O único ponto em que as respostas masculinas e femininas
ficam dentro da margem de erro é na expectativa sobre o próprio patamar
econômico nos próximos meses.
Entre os homens, 47% acham que ela vai melhorar, 16% que vai
piorar e 35% que ficará como está.
As mulheres que preveem uma situação mais confortável no
futuro são 44%, enquanto 20% esperam uma piora e 32% uma manutenção das
condições. O otimismo masculino com o próprio futuro econômico supera o
pessimismo em 31 pontos. Entre elas, a diferença é de 24 pontos.
Elas esperam mais inflação (60% das mulheres acreditam em
alta, ante 52% dos homens), mais desemprego (61% a 53%) e menos poder de compra
do salário (47% a 42%).
As mulheres também sentem em maior proporção uma piora na
própria situação econômica e na do país nos últimos meses.
É na avaliação da economia brasileira que aparece a diferença
mais significativa entre gêneros. Piorou, respondem 67% das mulheres, ante 53%
dos homens. A parcela das que sentiram melhora no país é metade da masculina:
8% ante 15%.
Já em relação à própria situação, a maioria (51%) das
mulheres diz que houve piora nos últimos meses, ante 42% dos homens.
Menos da metade (49%) delas considera o país um bom lugar
para morar –entre os homens, são 61%. Têm mais vergonha que orgulho de ser
brasileiras 37%. O percentual entre os homens é de 31%.
Dados e índices Datafolha
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