quarta-feira, 11 de maio de 2016

MULHER NA POLÍTICA . DE QUEM E PARA QUEM

Por Mônica Aguiar

De maneira geral,  as mulheres tem acompanhado a atual conjuntura política. Sabem do sofrimento que a Presidente Dima Rousseff vem enfrentando e seu grau de  intensidade,  do ódio manifestado com naturalidade por alguns setores da imprensa brasileira,  mantenedores da ideologia que não compete a uma mulher ocupar espaços públicos de liderança, e que sua vida cotidiana deve ser bombardeada com valores de uma determinada regra preconceituosa e discriminatória,   anulando quaisquer  exercício no  Estado Democrático e de Direitos . 

Em ampla maioria, os homens ocupam os espaços de poderes e não suportam estar sob o comando de uma mulher. Acreditam que lugar da mulher não é nos partidos políticos, tampouco sozinhas ou mesmo inseridas no mercado de trabalho com função de chefia.  Parcela significativa dos homens esperam que as mulheres apenas ocupem funções auxiliares, desde que estas não sejam deliberativas e determinantes. 

Não avistar ou analisar positivamente ações ou realizações de uma mulher que esta em função política governamental é um fato naturalizado no Brasil. Os conservadores  questionamentos  dão foco na desqualificação da  competência de uma mulher que atua na política, isto por qualquer problema que surja,  independente da esfera federativa. 

Temos vivido nestes últimos meses no Brasil, neste  processo cruel, desumano  e golpista, denominado pelos conservadores de impitimamrequintes de  crueldade com atributos perniciosos, na tentativa de coagir o sentimento de ódio e MEDO na sociedade.  
Praticam com naturalização o pré-julgamentos  produzindo  imagem pejorativa na vida privada da mulher, sem ter o menor pudor de separar  vida pessoal, atuação política e governabilidade. 

Fato este, não ocorrido ao longo da história politica quando se trata de um homem que esta governante,  independente do partido político. Para poupá-lo de um desgaste, e um julgamento impresumível por parte da sociedade, considera-se desde o cenário econômico e político, até as diferenças ideológicas de forma séria e serena, de modo não afetar a sua ilustre e determinada e definida  por eles dignidade.

Em breve teremos o resultado tão sonhado para estes  homens  de tais  infestações cruéis, a apatia da mulher com a vida política, diminuindo ainda mais a presença da mulher nos espaços públicos políticos. E ainda ratificam esta cruel “conquista”,  dando  ampla publicidade “Bela ,  recatada e do lar”. 

A interpretação, dos interesses pessoais de quem julgam, é suficiente para declinar quem não afiança as estruturas dominantes. Constituído-se em  formato novo, esta violência contra mulher vem desencadeado por parte de alguns  homens reações distintas de agressões, com constatações explicitas de danos morais lançadas principalmente por este setor anacrônico que desenvolve e tem o domínio da comunicação no Brasil.

Neste momento da conjuntura politica brasileira, lançam como prêmio da banalização das leis, a substituição de  uma governante democraticamente eleita, “ O TROFÉU”. Apresentam propostas de mudanças ministeriais, que diminuirá significativamente as conquistas históricas das mulheres na estrutura governamental.  Julgam ser donos da verdade na política, incapaz de perceber o seu entorno. Ignoram tudo, desde a capacidade intelectual ate  política da mulher.   

Tem a coragem de tratar com muita "naturalidade" as mulheres como propriedade, colocando e reafirmando a condição imposta de incapaz. Formulam novos conceitos  para JUSTIFICAR A SUSTENTAÇÃO DA ESTRUTURA PATRIARCAL .

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