Iniciativa leva às ruas discussão sobre racismo e história do povo negro em Alagoas
A proposta é simples: quebrar o bloqueio do desconhecimento da história do povo negro, levando às ruas a discussão do racismo enquanto problema de caráter social. Apoiado nesta ideia, o Instituto Raízes da África junto com entidades e representantes estaduais de diferentes segmentos reuniram-se, nesta quarta-feira (4), com o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, para debater as estratégias do projeto-piloto de ocupação preta Ekua abo.
Mais do que fomentar o diálogo com as forças públicas no debate de mecanismos para o enfrentamento do racismo, o encontro representou um convite à sociedade na promoção do fazer coletivo. A ideia é ampliar o conhecimento da temática negra para além dos espaços fechados, agregando toda a comunidade em um objetivo único e social ao dar mais fôlego na luta contra o racismo no Estado.
“Entendemos a importância social e cultural do projeto e de imediato a Secretaria de Segurança Pública decidiu abraçar a proposta. É uma questão que vai muito além do meu papel enquanto figura pública, refletindo nas minhas ações enquanto pessoa e parte integrante da sociedade. Não podemos aceitar o racismo. Fico muito feliz de ver representantes de diferentes áreas reunidas, esta é prova de que esse movimento só tem a crescer”, ressalta Lima Júnior.
Já com data definida, o projeto de ocupação preta Ekua abo deve começar suas atividades no próximo dia 25 de maio, quando é comemorado o Dia da Libertação da África. O encontro que acontecerá sempre uma vez por mês no calçadão do centro de Maceió, promete a retomada do debate corpo a corpo, ou seja, de uma discussão educativa e esclarecedora aberta a toda a comunidade, como explica a coordenadora do projeto Raízes de Áfricas, Arísia Barros.
“Só construímos políticas públicas gerando diálogo com diferentes órgão e representações da nossa sociedade. Este encontro desempenha justamente esse papel. Queremos levar o entendimento da forma mais branda possível às pessoas. É fundamental que haja a quebra do bloqueio pelo desconhecido e sejam abertos os debates sobre racismo, a história de luta e direitos do povo negro”, pontua a coordenadora.
Disk-Denúncia
Elemento importante para a elucidação de crimes no Estado, o Disk-Denúncia foi também destacado pelo secretário Lima Júnior como ferramenta estratégica no combate ao racismo. Pensando em fortalecer o projeto, o gestor da pasta de Segurança Pública assegurou ainda a realização de uma campanha simultânea do programa durante a ocupação.
Fonte: Agencia alagoas
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